Tuesday, June 2, 2009

Petrobras deve iniciar produção de etanol celulósico em 2012















SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras deve iniciar a produção comercial de etanol de segunda geração feito a partir de material celulósico em 2012, afirmou na segunda-feira a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef.
Dilma, que também é presidente do Conselho de Administração da Petrobras, falou no primeiro dia do Ethanol Summit em São Paulo, promovido pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).
"O objetivo é manter a liderança do Brasil em termos de produtividade em etanol de primeira geração e disputar a liderança em etanol de segunda geração", disse ela, referindo-se ao fato de os Estados Unidos terem superado o Brasil como maior produtor de etanol do mundo em 2007.
O Brasil, que produz o etanol a partir da cana-de-açúcar, continua sendo o produtor mais eficiente do biocombustível de primeira geração. Nos EUA o etanol é feito principalmente com milho, um método de produção consideravelmente menos eficiente.
A produção de etanol de segunda geração ainda não atingiu a escala comercial, mas algumas empresas apostam no uso de material celulósico, como bagaço de cana ou grama, para a produção de biocombustíveis, em parte como uma maneira de evitar produtos que sejam alimentos.
A forte expansão da produção de etanol nos EUA nos últimos anos foi amplamente criticada por contribuir para a inflação dos alimentos.
Dilma afirmou que a Petrobras registrou duas patentes no Brasil para suas técnicas de produção de etanol celulósico e disse que uma planta piloto de 4 milhões de litros por ano deverá estar funcionando até setembro de 2010.
A Petrobras iniciou a produção experimental de etanol celulósico em 2007 nos laboratórios da empresa no Rio de Janeiro.
A safra de cana do Brasil deve chegar a 630 milhões de toneladas nesta temporada, com as quais serão produzidos 28 bilhões de litros de etanol. O bagaço é aproveitado nas usinas para gerar energia através da queima da biomassa.
Se as tecnologias de produção do combustível celulósico mostrarem-se viáveis, haverá matéria-prima considerável - bagaço - já disponível nas usinas para ser usada, diferentemente dos Estados Unidos, onde o transporte e a logística devem continuar sendo um desafio.

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