Showing posts with label Death. Show all posts
Showing posts with label Death. Show all posts

Wednesday, September 25, 2024

Global heating ‘doubled’ chance of extreme rain in Europe in September

Residents wade through flood water after the Nysa Klodzka River flooded the town of Lewin Brzeski in south-west Poland on 19 September. Photograph: Beata Zawrzel/NurPhoto/Rex/Shutterstock


 

 

Planet-heating pollution doubled the chance of the extreme levels of rain that hammered central Europe in September, a study has found.

Researchers found global heating aggravated the four days of heavy rainfall that led to deadly floods in countries from Austria to Romania.

The rains were made at least 7% stronger by climate change, World Weather Attribution (WWA) found, which led to towns being hit with volumes of water that would have been half as likely to occur if humans had not heated the planet.

“The trend is clear,” said Bogdan Chojnicki, a climate scientist at Poznań University of Life Sciences, and co-author of the study. “If humans keep filling the atmosphere with fossil fuel emissions, the situation will be more severe.”

 


Storm Boris stalled over central Europe in mid-September and unleashed record-breaking amounts of rain upon Austria, the Czech Republic, Hungary, Poland, Romania and Slovakia. The heavy rains turned calm streams into wild rivers, triggering floods that wrecked homes and killed two dozen people.

The researchers said measures to adapt had lowered the death toll compared with similar floods that hit the region in 1997 and 2002. They called for better flood defences, warning systems and disaster-response plans, and warned against continuing to rebuild in flood-prone regions.

“These floods indicate just how costly climate change is becoming,” said Maja Vahlberg, technical adviser at the Red Cross Red Crescent Climate Centre, and co-author of the study. “Even with days of preparation, flood waters still devastated towns, destroyed thousands of homes and saw the European Union pledge €10bn in aid.”

Rapid attribution studies, which use established methods but are published before going through lengthy peer-review processes, examine how human influence affects extreme weather in the immediate aftermath of a disaster.

The scientists compared the rainfall recorded in central Europe over four days in September with amounts simulated for a world that is 1.3C cooler – the level of warming caused to date by burning fossil fuels and destroying nature. They attributed a “doubling in likelihood and a 7% increase in intensity” to human influence.

But the results are “conservative”, the scientists wrote, because the models do not explicitly model convection and so may underestimate rainfall. “We emphasise that the direction of change is very clear, but the rate is not.”

 

Physicists have shown that every degree celsius of warming allows the air to hold 7% more moisture, but whether it does so depends on the availability of water. The rains in central Europe were unleashed when cold air from the Arctic met warm, wet air from the Mediterranean and the Black Sea.

Warmer seas enhance the rainy part of the hydrological cycle, though the trend on parts of the land is towards drier conditions, said Miroslav Trnka, a climate scientist at the Global Change Research Institute, who was not involved in the study. When the conditions were right, he said, “you can have floods on steroids”.

Trnka compared the factors that result in extreme rainfall to playing the lottery. The increase in risk from global heating, he said, was like buying more lottery tickets, doing so over a longer period of time, and changing the rules so more combinations of numbers result in a win.

“If you bet long enough, you have a higher chance of a jackpot,” said Trnka.

The study found heavier four-day rainfall events would hit if the world heats 2C above preindustrial levels, with a further increase from today of about 5% in rainfall intensity and 50% in likelihood.

Other factors could increase this even more, such as the waviness of the jet stream, which some scientists suspect is increasingly trapping weather systems in one place as a result of global heating. A study published in Nature Scientific Reports on Monday projected that such blocking systems would increase under medium- and worst-case emissions scenarios.

Hayley Fowler, a climate scientist at Newcastle University, who was not involved in the study, said: “These large storms, cut off from the jet stream, are able to stagnate in one place and produce huge amounts of rainfall, fuelled by increased moisture and energy from oceans that are record-shatteringly hot.”

“These ‘blocked’ slow-moving storms are becoming more frequent and are projected to increase further with additional warming,” she added. “The question is not whether we need to adapt for more of these types of storm but can we.”

WWA described the week following Storm Boris as “hyperactive” because 12 disasters around the world triggered its criteria for analysis, more than in any week in the organisation’s history.

The study did not try to work out how much global heating had increased the destruction wreaked by the rains but the researchers said even minor increases in rainfall disproportionately increased damages.

“Almost everywhere in the world it is the case that a small increase in the rainfall leads to a similar order-of-magnitude increase in flooding,” said Friederike Otto, a climate scientist at Imperial College London’s Grantham Institute and co-author of the study. “But that leads to a much larger increase in the damages.”


 

Thursday, September 12, 2024

A dimensão da seca e dos incêndios que atingem o Brazil

 

Floresta Nacional de Brasília foi uma das regiões devastadas pelos incêndios que se espalha pelo país

 Maurício Frighetto

 País enfrenta a pior escassez de água pelo menos desde 1950, enquanto o fogo consome a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal, atingindo uma área maior que o estado do Paraná.

 

Rios secam. Ribeirinhos andam por bancos de areia quente onde antes havia água. Brigadistas combatem incêndios em todos os biomas brasileiros. Animais sofrem com a sede e morrem queimados pelo fogo. A fumaça espalha-se pelo país, afetando a saúde de milhões de pessoas e deixando o pôr do sol entre alaranjado e avermelhado. Tudo isso é reflexo da maior seca que atinge o Brasil pelo menos desde 1950.

Profissionais do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) já percebiam que a seca seria grave neste ano. Na semana passada, divulgaram uma nota confirmando a gravidade do problema a partir de uma série de informações colhidas a partir de 1950. "Olhando dados diferentes nós chegamos à mesma conclusão: é a seca mais extensiva, a mais intensiva e a mais duradoura", explicou a pesquisadora e especialista em secas do Cemaden, Ana Paula Cunha.

 

Fumaça de incêndios chegou a várias cidades, como São Paulo

 

A falta de chuvas explica, em parte, outro fenômeno que assola o Brasil: os incêndios. Dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (LASA) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) também mostram recordes na série de medições, que teve início em 2012. Neste ano, cerca de 21,7 milhões de hectares foram queimados na Amazônia, no Cerrado e no Pantanal – uma área maior que o estado do Paraná.

"Estamos em um momento emergencial. Temos que cuidar da saúde, principalmente dos mais vulneráveis, e não piorar a situação. Então, de forma nenhuma fazer nenhum tipo de fogo", orientou a professora do Departamento de Ecologia da Universidade de Brasília (UnB) Isabel Belloni Schmidt.

"Nesta época todas as queimas são humanas. Não existe queima natural na seca. As queimas naturais são por raios e só acontecem quando está tendo chuva," frisou Schmidt. E as previsões indicam que a situação não deve melhorar até o fim do ano.

O tamanho e a intensidade da seca

A seca atual atinge cerca de 59% do território brasileiro. "Olhando para o gráfico há algumas secas em destaque, como a de 1997 e 1998, que afetou basicamente a região Norte e parte da região Nordeste e foi decorrente de um El Niño. Depois teve a seca de 2015 e 2016, que foi muito extensiva e afetou grande parte do Centro-Norte do país. Agora, na seca que teve início em 2023 e continua até hoje, é a primeira vez que vemos essa condição de Norte a Sudeste do país", avaliou a pesquisadora do Cemaden.


 

Outra forma de olhar para o fenômeno é por meio do Índice de Precipitação Padronizado de Evapotranspiração (SPEI, na sigla em inglês). O indicador é medido por dois aspectos: a quantidade de chuva que cai e a quantidade de água que se perde pela evaporação, como do solo e dos rios, e pela transpiração das plantas.

"É um indicador de disponibilidade de umidade, de disponibilidade hídrica. Quanto mais negativo é o índice, menor é a precipitação e maior é a evapotranspiração. Ou seja, causa um balanço negativo de disponibilidade hídrica", explicou Cunha. Os dados da seca atual, mesmo que parciais, já apresentam valores de SPEI mais negativos, indicando ser a mais intensa e extensa da série histórica.

De acordo com Ana Paula Cunha, a seca deve piorar no Nordeste. "Muito provavelmente os últimos meses serão mais críticos no Nordeste. Vai ser uma seca mais curta, mas pode ter impacto porque a região é mais vulnerável no aspecto socioeconômico e vai coincidir justamente com o início do ciclo agrícola da agricultura familiar".


 

A previsão indica uma melhora no cenário apenas na virada do ano. Um dos fatores que deve ajudar é a formação do La Niña, fenômeno natural que gera um resfriamento das águas em uma faixa do Oceano Pacífico e altera as condições climáticas. Com isso, espera-se mais chuva, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.

"Pode ser que com a La Niña as chuvas sejam, pelo menos, dentro da média na maior parte do país. Mas o sinal se inverte para o Rio Grande do Sul, que passou por uma inundação e vai voltar a ter uma seca. Lembrando que o Rio Grande do Sul passou por uma seca muito intensa antes da inundação. O estado ainda estava respondendo quando veio a grande inundação", analisou a especialista do Cemaden.

 

Manejo do fogo

Se, no curto prazo, é preciso evitar as queimadas e combater os incêndios, no médio e longo prazo a solução passa por atitudes que gerem um meio ambiente mais equilibrado, como o combate ao desmatamento, sugeriu a professora Isabel Belloni Schmidt. Oito das 12 bacias hidrográficas do Brasil, por exemplo, dependem do Cerrado. Na medida em que a vegetação desse bioma é perdida, por fogo ou por processos agrícolas intensivos, menos água chega ao Pantanal.

A Amazônia também leva água ao Sudeste e ao Sul por meio dos rios voadores. O desmatamento do bioma, portanto, contribui com a seca, agravada pelas mudanças climáticas. Os incêndios e o desflorestamento também estão muito associados, mesmo que os índices estejam caindo na região.

"Muitas vezes você tem o incêndio nas áreas que foram desmatadas anteriormente porque viraram pasto. Então não é automático [a queda do desmatamento e queda dos incêndios]. Por isso há projetos de lei tramitando no congresso para proibir a venda de terras que foram incendiadas. Porque é uma forma de grilagem, de uso da terra", avaliou Schmidt.


 

Outra solução para combater os incêndios, após o período de crise, é o Manejo Integrado do Fogo (MIF). Em julho, foi promulgada uma lei sobre o tema e, nesta terça-feira (10/09), o governo publicou um decreto para a formação de um comitê nacional e do Centro Integrado Multiagência de Coordenação Operacional Federal (Ciman Federal).

Segundo a professora, que coordena a frente de MIF na Rede Biota Cerrado, a prática é uma forma de pensar a paisagem considerando o fogo como um elemento. "No Cerrado, você vai considerar o fogo como um elemento natural e humano, porque as pessoas usam fogo por diversos motivos. Na Amazônia, você vai considerar que o fogo é apenas um elemento humano, mas você vai considerar que ele existe e vai partir dessa perspectiva para planejar o seu ambiente de forma a diminuir incêndios."

As queimas precisam ser realizadas em períodos mais úmidos para que o fogo seja menos potente e não se alastre de forma incontrolável. Dessa forma, será atingida a vegetação muito seca, chamada de combustível pelos ecologistas, criando mosaicos na paisagem. E, na próxima vez que a área for atingida por um incêndio, não será tão afetada. "Então ela tem formatos muito mais variados e vai funcionar com uma barreira."

Há outra sugestão que a professora da UnB tem repetido: colocar o tema em pauta nas eleições municipais. "No histórico brasileiro não temos governantes que de fato entendem e colocam o meio ambiente como uma pauta, inclusive porque a sociedade não entende que isso é importante. Mas passar por essa tragédia climática talvez coloque isso na pauta".






Tuesday, July 16, 2024

Fungos estão se adaptando ao calor corporal, diz estudo. Mudança impulsiona o desenvolvimento de novas infecções, e aquecimento global pode estar por trás dessa evolução

Ilustração do fungo Candida auris - Josh/Adobe Stock 

 

Fred Schwaller
DW

Milhões de espécies de fungos estão presentes no ar, mas apenas cerca de 20 podem causar infecções em humanos. Isso ocorre porque o sistema imunológico é muito hábil na proteção contra esse grupo de patógenos. Além disso, o corpo humano é muito quente para a sobrevivência da maioria das espécies de fungos.

No entanto, um novo estudo descobriu que alguns fungos estão evoluindo para se tornarem capazes de infectar humanos, e essa evolução pode estar relacionada à mudança climática. "O perigo e a importância de fungos têm sido seriamente subestimados", escreveram os autores no estudo publicado no mês passado na revista Nature Microbiology.

 

Há também indicações de que o aumento das temperaturas esteja permitindo que os fungos sofram mutações e se tornem resistentes a antifúngicos.

Os pesquisadores começaram vasculhando os registros de infecções fúngicas de 98 hospitais na China, entre 2009 e 2019. Eles encontraram dois pacientes que haviam sido infectados por um grupo de fungos que, até onde se sabe, nunca haviam causado doenças em humanos.

Os fungos foram isolados em laboratório e os pesquisadores descobriram que eles eram capazes de infectar camundongos que estavam com o sistema imunológico comprometido, imitando o que poderia acontecer em pacientes imunocomprometidos.

Devido à temperatura corporal de 37°C, muito elevada para a maioria das espécies de fungos, os mamíferos são protegidos contra esses patógenos. Mas, entre os novos registros, os pesquisadores descobriram que as espécies de fungos R. fluvialis e R. nylandii toleram bem a alta temperatura corporal.

Além disso, a temperatura de 37°C aumentou a taxa de mutações nas colônias de fungos em comparação com temperaturas mais frias de 25°C. Como resultado, os fungos tornaram-se resistentes a medicamentos antifúngicos.

"Esse estudo mostra que o mesmo mecanismo pode ocorrer em outros organismos que não causam doenças, o que significa que eles podem se adaptar para causar doenças em humanos", explica Jatin Vyas, médico especialista em fungos da Faculdade de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos.

"Podemos ver um cenário apocalíptico. Não vai ser como a série The Last of Us, mas significa que novos fungos podem causar doenças infecciosas graves. E temos muito poucos medicamentos para ajudar", completa Vyas, que não participou do estudo.


 

Aquecimento global provocou uma evolução dos fungos?

Segundo os autores do estudo, o aquecimento global tem levado os fungos a desenvolver resistência a medicamentos e virulência –a capacidade de causar doenças.

"Essa é uma conclusão indireta derivada das observações de que a tolerância ao calor é uma virulência conhecida", diz Toni Gabaldón, biólogo evolucionário do Instituto de Pesquisa em Biomedicina de Barcelona, na Espanha.

Outros estudos mostraram que algumas espécies de fungos podem crescer em temperaturas mais altas do que podiam há várias décadas. No entanto, "faltam provas diretas de que essas duas observações estão relacionadas e são necessárias mais pesquisas", acrescenta Gabaldón.

Vyas, por sua vez, não está convencido de que as mudanças climáticas sejam o motivo da evolução dos fungos em temperaturas corporais mais altas no estudo. "Uma mudança repentina de 25°C para 37°C não é o que eu chamaria de resultado do aquecimento global. A temperatura na bacia amazônica aumentou 1°C na última década, o que teve um efeito profundo na ecologia", destaca.

Os cientistas identificaram recentemente que alguns patógenos fúngicos, incluindo Candida auris, surgiram devido ao aumento da temperatura do solo em todo o mundo. Vyas diz acreditar que isso provavelmente se deve ao aquecimento global.

Qual é o risco de disseminação de fungos resistentes a medicamentos?

De acordo com Vyas, há um risco de fungos resistentes a medicamentos se espalharem pelo mundo, já que foram detectados na Espanha, em Portugal e no Canadá.

"Existe o risco de que espécies resistentes a medicamentos se espalhem pelo mundo", afirma Vyas. "Estamos começando a ficar nervosos com o que estamos vendo. Quando pensamos nos bilhões de outros organismos que habitam a Terra, a grande maioria é completamente resistente aos medicamentos antifúngicos."

As infecções fúngicas já causam cerca de 2,5 milhões de mortes por ano.

"A resistência aos antifúngicos é um problema grave e provavelmente aumentará, pois, em comparação com os antibióticos, temos apenas três famílias principais de medicamentos antifúngicos", conta Gabaldón.

A dificuldade é que os fungos são organismos eucarióticos, assim como os mamíferos. Isso significa que o desenvolvimento de qualquer novo medicamento pode resultar em efeitos colaterais para os humanos, que, por sua vez, também precisam ser tratados. Pode-se esperar um longo processo até que os medicamentos possam ser usados em humanos.

Mas Vyas vê um ponto positivo nas más notícias. "Estudos como esse nos preparam para organismos patogênicos", explica. "Estamos começando a entender como os fungos estão se adaptando a partir desses casos raros, como na China. Assim, poderemos encontrar mecanismos para nos proteger no futuro."

Monday, July 8, 2024

US heatwave smashes records as ‘extreme fire weather’ fuels new blazes Over 146 million Americans under extreme heat alerts as dozens of locations in US west tie or break past heat records

 

The Lake Fire burns close to what was Michael Jackson's Neverland Ranch in Los Olivos, California, on 6 July 2024. Photograph: David Swanson/Reuters



A fierce heatwave that shattered records this weekend – with dangerous temperatures that spiked well into the triple digits – will continue to grip much of the US in the coming days and fuel fires across the west.

More than 146 million Americans were under extreme heat alerts on Monday, as both sides of the country cooked. Excessive heat warnings, the National Weather Service’s (NWS) highest alert, stretch across the west, covering parts of California, Nevada, Arizona, Oregon, Washington and Idaho. Areas on the east coast, including Florida, Georgia, Alabama and Mississippi, were also under heat advisories.

 Dozens of locations in the west and Pacific north-west tied or broke previous heat records in recent days. On Sunday, Las Vegas set an all-time record high of 120F (48.8C), while across the desert in Death Valley national park, temperatures reached 128F (53.3 C), breaking a daily heat record and coming just shy of it’s all time high. The dangerous temperatures caused the death of a motorcyclist in the park.




Oregon also faced triple-digit temperatures and saw several records toppled, including in Salem, where on Sunday it hit 103F (39.4C), topping the 99F (37.2C) mark set in 1960. Authorities in Multnomah county, home to Portland, said they were investigating four suspected deaths tied to the heatwave.

Meanwhile, firefighters are battling a flurry of new blazes that sparked in the brutal temperatures over the weekend, with the sweltering, dry conditions posing challenges for fire crews. There were 73 large active fires burning across the country Monday, according to the National Interagency Fire Center, collectively covering close to half a million acres, and fire conditions are expected to continue through the week.

California, which was left covered in quick-to-burn grasses after a wet winter, saw an explosive week and firefighters are battling 18 active blazes.

In Santa Barbara county, the Lake fire burned through dry grass, brush and timber over the weekend, prompting evacuations of some rural homes, including the Neverland ranch. The fire has grown to 20,320 acres and was at 8% containment Monday morning.

Further north, the Shelly fire, which erupted in California’s Marble Mountain Wilderness on 3 July, continues to pose threats to “communities, private timberlands, cultural resources, and wilderness areas”, CalFire posted in an update Monday, as fire behavior became more extreme through the weekend.

“Yesterday, as well as today, we have experienced some problematic weather forecasts that leads to critical fire behavior,” John Chester, operations section chief with CalFire’s Siskiyou unit said. “We are expecting the same weather patterns and forecasts over the next few days.”

 

Fire conditions have also been intense in Utah, fueling rapid growth for several large fires.

The Silver King fire, which has roared across more than 10,823 acres – more than 4,500 acres in a single day – has exhibited extreme behavior and is 0% contained. Hundreds of homes are at risk from the fire, as state officials secured federal support Monday.

“A warming and drying trend will continue today with an excessive heat warning, as temperatures continue to increase above average the relativity humidity continues to drop to 10 – 15%,” officials with the US Forest Service said in a Monday morning update on the fire, adding that gusty winds will continue to fan the flames. “These elements combine for extreme fire weather.”

The heat wave came as the global temperature in June hit a record high for the 13th straight month and it marked the 12th straight month that the world was 1.5C (2.7F) warmer than pre-industrial times, the European climate service Copernicus said.

While parts of California will see some relief from the brutally hot conditions, extreme heat is predicted to linger across the US west throughout the week. As the heatwave shifts north into Oregon and Washington, and moves east covering parts of the Great Basin and Arizona, more records will likely be broken. “The multi-day length and record warm overnight temperatures will continue to cause heat stress in people without adequate cooling and hydration,” NWS meteorologists wrote in a forecast published on Monday.


 People shield their eyes from the sun along the Las Vegas Strip on Sunday, when the city set an all-time record high temperature of 120F (48.8C). Photograph: John Locher/AP

 

Rare heat advisories were extended even into higher elevations including around Lake Tahoe, on the border of California and Nevada, with the weather service in Reno, Nevada, warning of “major heat risk impacts, even in the mountains”.

More extreme highs are in the near forecast, including possibly 130F (54.4C) around midweek at Furnace Creek, California, in Death Valley. The hottest temperature ever officially recorded on Earth was 134F (56.67C) in July 1913 in Death Valley, though some experts dispute that measurement and say the real record was 130F (54.4C), recorded there in July 2021.

Park officials warned visitors to take the heat seriously. “While this is a very exciting time to experience potential world record-setting temperatures in Death Valley, we encourage visitors to choose their activities carefully, avoiding prolonged periods of time outside of an air-conditioned vehicle or building when temperatures are this high,” Mike Reynolds, a park superintendent said.

 


 





Tuesday, June 11, 2024

(Martianization) - Mass fish death in Mexico's Chihuahua State blamed on severe drought

 




Friday, May 31, 2024

(Antarctic Melting) Today’s newsletter looks at Brazil, which is being slammed with climate disasters

 

Residents and volunteers help with rescues through floodwaters in Canoas, Rio Grande do Sul, Brazil, on May 5. Photographer: Carlos Macedo/Bloomberg


Today’s newsletter looks at Brazil, which is being slammed with climate disasters, all while it prepares to host a UN summit on global warming next year. You can read a full version of today’s top story here. For unlimited access to climate and energy news, please subscribe

The latest climate migrants 

By Daniel Carvalho

On April 29, Jéssica Lima and her family went to bed. They woke up with a river inside their house.

Lima’s home, in a rural area of Roca Sales, Brazil, is one of the many pummeled by the worst flood in the history of Rio Grande do Sul, the southernmost state in the country.

The catastrophic floods, following torrential rainfall, have taken the lives of at least 169 people and displaced more than 581,000. The impacts have been widespread across the state that is home to 11 million people.

 

This was the third major flood for Rio Grande do Sul in the past year, and there are indications that severe weather events such as this will become more common due to climate change.

It’s given many residents like 30-year-old Lima reason to want to leave the area for good. “It’s hard to get a house here,” she said by phone. “It’s hard to find a place that hasn’t been hit by water. And we’ve lost everything. We’ve been pretty shaken up.”

While the federal government has already announced resources in the order of 77.5 billion reais ($14.9 billion) in aid to Rio Grande do Sul – there are new concerns over whether efforts to rebuild its cities will be wasted the next time disaster strikes.

Mayors and other local authorities are now weighing the idea of relocating entire neighborhoods away from high-risk areas. It’s a change that will permanently reshape Brazilian maps and turn thousands of people like Lima into the world’s newest climate refugees.

Homes destroyed by floods in Roca Sales, on May 5. Photographer: Gustavo Ghisleni/AFP/Getty Images

 

“When you have the recurrence of dramatic situations like this that killed people, put people at risk, naturally, this is one of the real possibilities that have to be worked on,” Rio Grande do Sul Vice Governor Gabriel Souza said in an interview.

There are more than 48,000 people sheltered in schools, colleges and sports gymnasiums. A countless number of families are in tents on roadsides, living with continuous rain and temperatures around 7C (44.6F) as winter looms.

The state government is preparing to move displaced residents to four “provisional cities,” located in Canoas, Porto Alegre, São Leopoldo and Guaíba. Meanwhile, 5,500 houses are being built elsewhere at a cost of 140,000 reais ($27,090) each, according to the local government.

Officials say it’s still impossible to estimate how many municipalities will have to move their residents to other areas because it’s still raining and the water has not yet receded completely.

Severe weather has sparked mass exodus from cities before. For example, New Orleans in the US saw its population plummet after Hurricane Katrina in 2005 — with those numbers never returning to what they were in the early 21st century. As climate change increases the number and intensity of floods and fires around the world, more people will likely be forced to move. The question remains: Where to?

Residents remove damaged furniture from a home in Eldorado do Sul on May 22. Photographer: Tuane Fernandes/Bloomberg

 

Many families in Rio Grande do Sul still don’t know where to go. Yet, they are aware that there’s no alternative but to start life from scratch.

Lima’s family has already shown resilience. Her husband and children — a four-year-old daughter and 11-year-old son, who has cerebral atrophy and severe autism — are currently living at a neighbor’s house as they look for a new home.

Before the floods, Lima and her husband had just bought new furniture – not all paid off.

“When we left home, the first thing I did was thank God for being alive,” she said. “The sadness was great, but the important thing is to be well. Things, in time, we’ll get back, God willing.”


 

 

Wednesday, May 29, 2024

Martianization - Delhi temperature hits 50.5C as India’s capital records hottest day

Children run behind a truck spraying water along a street in Delhi. Photograph: Arun Sankar/AFP/Getty Images


 

Authorities warn of water shortages as temperatures reach nine degrees higher than expected

Temperatures in Delhi have hit a record high of 50.5C (122.9F), as authorities warned of water shortages in India’s capital.

The India Meteorological Department (IMD), which reported “severe heat-wave conditions”, recorded the temperature in the suburb of Mungeshpur on Wednesday afternoon, breaking the landmark 50C measurement for the first time in the city.

The temperature was more than nine degrees higher than expected, the IMD said, and came on the second day of record-breaking heat. On Tuesday a high of 49.9C had been hit in Mungeshpur and Narela, breaking the 2002 record of 49.2C.


 

The IMD warned of the heat’s impact on health, especially for children, elderly people and those with chronic diseases. The alert warns there is a “very high likelihood of developing heat illness and heat stroke in all ages”, with “extreme care needed for vulnerable people”.

India is no stranger to searing summer temperatures. Years of scientific research have found the climate crisis is causing heatwaves to become longer, more frequent and more intense.


 City authorities warned of the risk of water shortages as the capital swelters. The water minister, Atishi Marlena, called for “collective responsibility” in stopping wasteful water use, the Times of India newspaper reported on Wednesday.

 

“To address the problem of water scarcity, we have taken a slew of measures such as reducing water supply from twice a day to once a day in many areas,” Atishi said, the Indian Express reported.

“The water thus saved will be rationed and supplied to the water-deficient areas where supply lasts only 15 to 20 minutes a day,” she added.

The heatwave has been building up inexorably for weeks, but even so residents were shocked by conditions on Tuesday and Wednesday. People told of fingers being scorched from touching the steering wheel of a car, and tap water was coming out at boiling temperatures.

“Having a shower is almost a waste of time,” said Aruna Verma, a chemistry teacher. “You come out of it and instantly you are a sweaty mess again.”

Newspapers have published lists of does and don’ts based on doctors’ advice. People have been urged to stay indoors and wear light, loose cotton clothes – advice that is impossible for much of the city’s workforce to follow, including labourers and market stall sellers.

Construction workers have mostly stopped working between noon and 4pm. “The metal rods I’m working with are too hot to touch. Even if I restart work at 5pm, the rods are burning and the heat from the sparks makes it worse,” said Babu Ram, a welder working on a block of flats in New Friends Colony, south of the city centre.

Sameer Prakash, a vegetable vendor, typically stands outside next to his cart until about 2pm, waiting for customers to emerge from their air-conditioned homes.

He alternates between splashing water on the vegetables – to stop them wilting – and on his head, to avoid heatstroke.

“What’s the choice? No one is going to feed my children unless I take some money home are they? Work is work. It just has to be done,” he said. “The sun just kills the vegetables so I buy less than usual from the wholesale market because if I don’t sell them, they will rot.”

It has been gruelling too for politicians addressing rallies in the blistering heat as part of the ongoing general election, and their audiences. Political parties have urged those coming out to bring wet towels, extra water to wet the towels again once they dry, and packets of oral rehydration salts.

Many blame the soaring temperatures on scorching winds from Rajasthan state, where temperatures on Tuesday also reached 50.5C.

At the SMS hospital in Rajasthan’s capital, Jaipur, so many bodies of casualties of the heat have arrived at the mortuary that its capacity has been exceeded. Police in the city say many of the victims are poor labourers, who have no choice but to work outside, and homeless people.

Rajasthan’s desert region of Phalodi holds the country’s all-time heat record, hitting 51C in 2016.

Indians who can afford to escape the baking cities have fled to cooler places in the mountains. But even alpine-like Kashmir, known as the “Switzerland of the east”, has witnessed an unprecedented heatwave.

At the same time, West Bengal and the north-eastern state of Mizoram have been struck by gales and lashing rains from Cyclone Remal, which hit India and Bangladesh on Sunday, killing more than 38 people.

The Bangladesh Meteorological Department said the cyclone was “one of longest in the country’s history” and blamed climate change for the shift.




 

Friday, May 24, 2024

Mudança climática aumenta mortes na Europa, diz estudo...

 

Só no verão europeu de 2022, estima-se que 60 mil pessoas tenham morrido devido às altas temperaturas

Relatório alerta que as temperaturas no continente sobem duas vezes mais rápido do que a média global, contribuindo para elevar o número de óbitos devido a ondas de calor.

 

"A mudança climática não é um cenário futuro distante e teórico. Ela está aqui. E está matando", diz o recém-publicado relatório Lancet Countdown Europe Report. Este é o segundo levantamento da série "Lancet Countdown" que trata das consequências das mudanças climáticas para a saúde, especificamente para as pessoas na Europa. O texto foi escrito por cerca de 70 pesquisadores de vários países e disciplinas. A Universidade de Heidelberg, na Alemanha, desempenhou um papel fundamental no projeto.

O estudo alerta que as temperaturas na Europa estão subindo duas vezes mais rápido do que a média global. Nos últimos dez anos, houve 45% mais dias quentes do que na década anterior. E isso contribui para o aumento de mortes devido a ondas de calor no continente. Em média, elas subiram em 17,2 mortes por 100 mil habitantes entre os anos de 2013 e 2022, em comparação ao período entre os anos de 2003 a 2012. Só no verão europeu de 2022, estima-se que 60 mil pessoas tenham morrido devido às altas temperaturas.

Grandes cidades

A Europa Ocidental é a região de maior risco, segundo o relatório. Isso se deve ao fato de que um número particularmente grande de pessoas vulneráveis vive nessa área: idosos, doentes, além de residentes de grandes cidades, as quais se aquecem rapidamente nos meses mais quentes.

"E há diferenças geográficas. A Alemanha, por exemplo, tem uma taxa de mortalidade excessiva bastante alta em decorrência de ondas de calor, especialmente entre as mulheres", acrescenta o epidemiologista, matemático e estatístico Joacim Rocklöv, um dos autores do levantamento.

O estudo também identifica injustiças sociais: por exemplo, as minorias étnicas ou as pessoas de baixa renda geralmente sofrem mais com os efeitos das mudanças climáticas.

Patógenos se disseminam mais rápido

O relatório também identifica as doenças infecciosas emergentes como um grande risco à saúde. Isso ocorre porque alguns patógenos e seus vetores podem se espalhar mais para o norte europeu devido ao clima mais quente, especialmente no inverno.

O mosquito-tigre-asiático, por exemplo, já está se espalhando ao longo do rio Reno. Mais e mais distritos na Alemanha estão sendo declarados áreas de risco de encefalite transmitida por carrapato.

E o vírus do Nilo Ocidental, causador da febre do Nilo Ocidental, também está se tornando um perigo. No sul da Europa sobretudo, também aumenta o risco de doenças transmitidas por mosquitos, incluindo chicungunha e dengue.

De acordo com o relatório, os sistemas de saúde de quase todos os países europeus não estão bem equipados para lidar com os efeitos do aquecimento global. Muitos países carecem de planos de proteção contra o calor ou para emergências, assim como sistemas de alerta precoce para desastres climáticos. Também as adaptações no desenvolvimento urbano, por exemplo, são inadequadas em todo o continente, de acordo com o estudo.


 

Wednesday, May 22, 2024

CVM prepara norma de divulgações financeiras relacionadas a eventos climáticos extremos - Brasil são ações, debêntures e quotas de fundos de investimento.

Fachada da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) Divulgação 


 

Aline Scherercolaboração para a CNN

 

 Edital cita, por exemplo, necessidade das empresas descreverem imóveis localizados em áreas sujeitas a inundações 

 A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que regula parte do mercado financeiro, abriu uma consulta pública para receber pronunciamentos técnicos sobre a divulgação de informações sobre riscos e oportunidades relacionados ao clima.

 

A proposta é que as empresas prestem informações úteis para a tomada de decisões por parte de quem utiliza os relatórios financeiros e decide sobre o fornecimento de recursos para as organizações.

O edital, elaborado pela Superintendência de Normas Contábeis e de Auditoria (SNC) da autarquia, explica que as informações climáticas se referem às políticas e práticas adotadas pelas empresas em três tópicos principais: riscos físicos, riscos de transição e oportunidades disponíveis.

As empresas terão de descrever em seus relatórios financeiros quais os riscos físicos que seus negócios podem sofrer com o aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, inclusive as alterações nos índices de mortes e enfermidades relacionadas.

Os dados também deverão incluir a expectativa razoável de afetar os fluxos de caixa, seu acesso a financiamento ou custo de capital no curto, médio ou longo prazo.

 

 Também deverão descrever quais os riscos relacionados à transição ordenada para uma economia de baixo carbono ou consistente com compromissos assumidos no último acordo internacional sobre mudanças climáticas. E mencionar as oportunidades disponíveis para a organização.

 

Além disso, a minuta prevê exigências de divulgações específicas sobre os os processos, controles e procedimentos de governança que a entidade usa para monitorar, gerenciar e supervisionar os riscos climáticos e de transição.

E ainda incluir como esses processos são integrados, a estratégia da empresa para geri-los, e informar o desempenho da companhia em suas metas definidas sobre o clima.

O edital da CVM fala, por exemplo, da necessidade das empresas descreverem seus imóveis localizados em áreas sujeitas a inundações. E também orienta que as empresas, sobretudo seguradoras, descrevam suas políticas para incentivar comportamentos responsáveis em termos de saúde, segurança e meio ambiente.

Após o encerramento do prazo para envio de manifestações, que vai até o dia 11 de julho, a área técnica analisará as sugestões recebidas e, posteriormente, levará a proposta para aprovação e edição da norma em questão.

A proposta é que a Resolução entre em vigor em 1º de janeiro de 2026, embora seja permitida e recomendada a adoção antecipada.

A obrigação de prestar informações relacionadas ao clima está alinhada aos padrões internacionais. Mais especificamente à IFRS S2, norma emitida pelo International Sustainability Standards Board (ISSB), órgão criado pela IFRS Foundation – organização que define as regras para o padrão contábil mais adotado no mundo pelas empresas de capital aberto.

A exigência do detalhamento de informações de acordo com um padrão pré-estabelecido é um esforço dos órgãos reguladores para evitar greenwashing, ou maquiagem verde. O termo é usado quando empresas acabam enganando os consumidores com selos falsos e uma imagem de responsabilidade socioambiental que não condiz com a prática da organização.

“A mudança climática é a discussão central. E, ultimamente, depois de dois anos de aplicação da regra na Europa, e de bastantes relatórios, a comissão entendeu que ainda estão sendo utilizados termos muito vagos”, explica o advogado Bruno Galvão, do escritório Blomstein, com sede em Berlim, na Alemanha.

“Para dizer que um investimento é sustentável, tem que categorizar a atividade que se está colocando dinheiro dentro dos parâmetros da taxonomia, que define o que é uma atividade sustentável ou não, e mostrar quais potenciais impactos negativos que a atividade tem, e o clima tem um papel fundamental nisso”, conclui.

 

Summer 2025 was hottest on record in UK, says Met Office. Unprecedented average temperature made about 70 times more likely by human-induced climate change, says agency

The water levels at Broomhead reservoir in South Yorkshire have been low this summer. Photograph: Richard McCarthy/PA by   Damien Gayle The...