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Tuesday, January 14, 2025

Nobel prize winners call for urgent ‘moonshot’ effort to avert global hunger catastrophe

A rice paddy during a drought in Uttaradit, northern Thailand. Rice production around the world is stagnating and even declining. Photograph: Jack Taylor/The Guardian

 

More than 150 Nobel and World Food prize laureates have signed an open letter calling for “moonshot” efforts to ramp up food production before an impending world hunger catastrophe.

The coalition of some of the world’s greatest living thinkers called for urgent action to prioritise research and technology to solve the “tragic mismatch of global food supply and demand”.

Big bang physicist Robert Woodrow Wilson; Nobel laureate chemist Jennifer Doudna; the Dalai Lama; economist Joseph E Stiglitz; Nasa scientist Cynthia Rosenzweig; Ethiopian-American geneticist Gebisa Ejeta; Akinwumi Adesina, president of the African Development Bank; Wole Soyinka, Nobel prize for literature winner; and black holes Nobel physicist Sir Roger Penrose were among the signatories in the appeal coordinated by Cary Fowler, joint 2024 World Food prize laureate and US special envoy for global food security.

 

Citing challenges including the climate crisis, war and market pressures, the coalition called for “planet-friendly” efforts leading to substantial leaps in food production to feed 9.7 billion people by 2050. The plea was for financial and political backing, said agricultural scientist Geoffrey Hawtin, the British co-recipient of last year’s World Food prize.

“It’s almost as if people are burying their head in the sand,” he said. “There’s so many other issues that grab the attention, that this is somehow insidious and creeping up on us and most people don’t give it too much thought. Which is what makes how way off we are from meeting the UN targets on hunger very scary.

“There’s a lot of concern over the rate at which climate change is going on, then this secondary notion that further down the road food is going to be a problem,” he said.

 

Hawtin pointed to already stagnating and even declining production in rice and wheat around the world, at a time when food production needed to be ramping up by 50% to 70% over the next two decades.

“It’s very easy to defer tackling it, but if we wait until there really is a massive food crisis then we’ll have 10 to 15 [years] to live in that crisis

“You can’t solve that sort of problem overnight. From the time you start a research programme to the time it can have a significant impact on production, you’re talking 10 to 15 years.

“It does require political will, international political will. It really needs the focused attention of international institutions.

“A lot of knowledge is there, a lot more is needed. If you look at the possibilities, it’s very encouraging, if you look at the will to make some of those possibilities happen, it’s far less encouraging,” he said.

The world was “not even close” to meeting future needs, the letter said, predicting humanity faced an “even more food insecure, unstable world” by mid-century unless support for innovation was ramped up internationally.

“All the evidence points to an escalating decline in food productivity if the world continues with business as usual,” said Fowler. “With 700 million food-insecure people today, and the global population expected to rise by 1.5 billion by 2050, this leaves humanity facing a grossly unequal and unstable world. We need to channel our best scientific efforts into reversing our current trajectory, or today’s crisis will become tomorrow’s catastrophe.”

The laureates’ letter outlined the climate threat, particularly in Africa, where the population is growing yet yields of the staple maize are forecast to decline.

Factors undermining productivity include soil erosion, land degradation, biodiversity loss, water shortages, conflict and government policies that hold back agricultural innovation.

“The impacts of climate change are already reducing food production around the world, particularly in Africa, which bears little historical responsibility for greenhouse gas emissions yet sees temperatures rising faster than elsewhere,” said Adesina, who received the World Food prize in 2017.

“Temperature rises are expected to be most extreme in countries with already low productivity, compounding existing levels of food insecurity. In low-income countries where productivity needs to almost double by 2050 compared to 1990, the stark reality is that it’s likely to rise by less than half. We have just 25 years to change this.”

The letter cited the most promising scientific breakthroughs and emerging fields of research that could be prioritised as “moonshot” goals. These include improving photosynthesis for wheat and rice and developing cereals that can source nitrogen biologically and grow without fertilisers; alongside boosting research into indigenous crops that tolerate extreme weather conditions, reducing food waste by improving the shelf life of fruits and vegetables, and creating food from microorganisms and fungi.

Mashal Husain, incoming president of the World Food Prize Foundation, said: “This is an ‘Inconvenient Truth’ moment for global hunger. Having the world’s greatest minds unite behind this urgent wake-up call should inspire hope and action. If we can put a man on the moon, we can surely rally the funding, resources and collaboration needed to put enough food on plates here on Earth.”

The letter is due to be discussed at an event in the Senate Committee on Agriculture, Nutrition and Forestry in WashingtonDC on Tuesday, followed by a webinar on Thursday.

Rosenzweig, the 2022 World Food prize laureate, said it was a timely call: “Many if not most food-producing regions are experiencing more frequent extreme events that are damaging not only yields but farmer livelihoods as well.

“We need to launch long-term science-based actions today in order to achieve a world without hunger.”

 

Sunday, October 3, 2021

Mudança Climática - Por que preço global de alimentos hoje é um dos mais altos da História moderna. By BBC



Os preços dos alimentos no mundo dispararam quase 33% em setembro de 2021 em comparação com o mesmo período do ano anterior.

O dado é do índice de preços de alimentos mensal da Agência das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, a FAO, que também identificou que os preços globais subiram mais de 3% desde julho, alcançando níveis que não eram vistos desde 2011.

O índice de preços dos alimentos é programado para registrar o resultado das alterações combinadas de preço numa gama de produtos alimentícios, entre eles azeites vegetais, cereais, carne e açúcar - e compará-los mês a mês.

Ele converte os preços praticados atualmente em um índice, que os compara aos níveis de preços médios entre 2002 e 2004. Esta é a fonte padrão para rastrear os preços dos alimentos, conhecidos como preços nominais (que não são ajustados pela inflação).

Embora os preços nominais nos digam o custo monetário da compra de alimentos no mercado, os preços ajustados pela inflação(o que os economistas chamam de preços "reais") são muito mais relevantes para a segurança alimentar: demonstram a facilidade com que as pessoas podem ter acesso à sua própria nutrição.

Os preços de todos os produtos e serviços tendem a aumentar mais rapidamente do que a renda média (embora nem sempre). A inflação significa que os consumidores não só têm que pagar mais por unidade de alimento (devido ao aumento do preço nominal), mas também têm proporcionalmente menos dinheiro para gastar com isso, devido ao aumento paralelo dos preços de tudo o mais, exceto de seus salários e outros proventos. .

Em agosto passado, analisei o Índice de Preços de Alimentos da FAO ajustado pela inflação e descobri que os preços globais reais dos alimentos estavam mais altos do que em 2011, quando os distúrbios alimentares contribuíram para a derrubada de governos na Líbia e no Egito.

Com base nos preços reais, atualmente é mais difícil comprar alimentos no mercado internacional do que em quase qualquer outro ano desde que a ONU começou a registrar esses dados, em 1961. As únicas exceções são 1974 e 1975- aumentos que ocorreram após um pico no preço do petróleo em 1973, que gerou inflação acelerada em vários setores da economia global, incluindo produção e distribuição de alimentos.

Então, o que está levando os preços dos alimentos a altas recordes agora?

Preço dos combustíveis, clima e covid-19

Os impulsionadores dos preços médios internacionais dos alimentos são sempre complicados. Os preços dos diferentes produtos sobem e descem com base em fatores universais, bem como com base em fatores que são específicos de cada produto e região.

Por exemplo, a alta do preço do petróleo iniciada em 2020 afetou os preços de todos os produtos alimentícios do índice da FAO, ao elevar os custos de produção e transporte de alimentos.

A escassez de mão-de-obra como resultado da pandemia de covid-19 reduziu a disponibilidade de trabalhadores para cultivar, colher, processar e distribuir alimentos- outra razão universal para o aumento dos preços das commodities.

Mas o preço médio real dos alimentos vem subindo desde 2000, revertendo a tendência de queda anterior, iniciada na década de 1960.

Apesar dos esforços globais - que, em parte, responderam às metas estabelecidas pelos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e subsequentes Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU para reduzir a fome - os preços têm consistentemente tornado os alimentos menos acessíveis.




Cultivos cruciais

Nenhum produto tem sido consistentemente responsável pelo aumento do preço real médio desde 2000. Mas o índice de preços dos óleos comestíveis aumentou significativamente desde março de 2020, impulsionado principalmente pelos preços dos óleos vegetais, que dispararam 16,9% entre 2019 e 2020. De acordo com os relatórios da FAO, isso foi devido ao aumento da demanda por biodiesel e padrões climáticos que não contribuíram para a produção rural.

A outra categoria de alimentos com maior efeito no aumento dos preços é o açúcar. Aqui, novamente, o clima desfavorável, incluindo danos causados ​​pela geada no Brasil, reduziu a oferta e inflou os preços.

Os grãos contribuíram menos para o aumento geral dos preços, mas sua disponibilidade em todo o mundo é particularmente importante para a segurança alimentar. Trigo, cevada, milho, sorgo e arroz são responsáveis ​​por pelo menos 50% da nutrição global e até 80% nos países mais pobres.

O estoque global armazenado dessas safras tem diminuído desde 2017, já que a demanda superou a oferta. A queda nos estoques ajudou a estabilizar os mercados globais, mas os preços subiram acentuadamente desde 2019.

Novamente, as razões por trás das flutuações de cada alimento são complicadas. Mas uma coisa que merece atenção é o número de vezes, desde 2000, que clima "imprevisível" e "desfavorável" tem sido relatado pela FAO como causa de "expectativas de safra reduzidas", "safras afetadas pelo clima" e "declínio da produção".

Medidas urgentes

Os europeus podem só se preocupar com o preço do macarrão quando as secas no Canadá reduzirem a safra de trigo. Mas, à medida que o índice de preço real dos grãos se aproxima dos níveis que transformaram protestos pelo preço do pão em grandes revoltas em 2011, há uma necessidade urgente de considerar como as comunidades em regiões menos ricas podem lidar com essas tensões e evitar distúrbios.

Nossa capacidade tecnológica e organização socioeconômica não conseguem lidar com condições climáticas imprevisíveis e desfavoráveis. Este seria um bom momento para imaginar o abastecimento de alimentos em um mundo mais quente em mais de 2° C, um resultado que hoje é considerado cada vez mais provável de acordo com o último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas.

Sem mudanças radicais, a deterioração do clima continuará a reduzir o acesso internacional aos alimentos importados, muito além de qualquer precedente histórico.

Preços mais altos reduzirão a segurança alimentar e, se há alguma certeza sólida nas ciências sociais, é que pessoas que passam fome são capazes de adotar medidas radicais para garantir seu sustento.

* Alastair Smith é professor de Desenvolvimento Global Sustentável na University of Warwick, Reino Unido. Seu artigo original foi publicado na The Conversation, cuja versão em inglês no link acima.

Summer 2025 was hottest on record in UK, says Met Office. Unprecedented average temperature made about 70 times more likely by human-induced climate change, says agency

The water levels at Broomhead reservoir in South Yorkshire have been low this summer. Photograph: Richard McCarthy/PA by   Damien Gayle The...