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Saturday, January 11, 2025

Lei aprovada em Mato Grosso quer converter Amazônia em Cerrado; entenda. Estudo mostra que mudança liberaria 5,3 milhões de hectares para o desmatamento; deputado nega incentivo à derrubada de floresta.

 

Lei abre brecha para aumento do desmatamento no Mato Grosso, afirmam ambientalistas Foto: Tiago Queiroz/Estadão




 
 

BRASÍLIA- Uma lei aprovada pela Assembleia Legislativa do Mato Grosso quer converter florestas antes consideradas pertencentes à Amazônia em vegetação classificada como do Cerrado. Caso a medida seja sancionada pelo governador Mauro Mendes (União), o porcentual de reserva legal, ou seja, a área onde o desmate é proibido, cairá de 80% para 35%. O texto foi aprovado na quarta-feira, 8, por 15 votos a 8.

Na prática, segundo ambientalistas, a mudança deixará uma área maior suscetível ao desmatamento. Isso porque com a queda do porcentual de reserva legal, produtores rurais poderão expandir suas áreas agrícolas sobre a vegetação.

 O projeto de lei complementar 18/2024 foi apresentado originalmente pelo Executivo, em maio do ano passado, para fazer um ajuste na escala de mapas utilizada como base pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente para operar o Cadastro Ambiental Rural (CAR). O projeto, no entanto, sofreu diversas alterações durante a tramitação, o que acabou desfigurando a proposta.

O texto aprovado, de autoria do deputado Nininho (PSD), traz uma nova redação para a lei que cria definições para áreas que seriam classificadas como floresta, pertencentes ao bioma Amazônia, e as que seriam enquadradas como Cerrado.




 

O dispositivo diz que serão definidas como “floresta” as áreas com predominância de vegetação “com as médias de alturas totais a partir de 20 metros, e que apresentem indivíduos com alturas máximas entre 30 (trinta) e 50 (cinquenta) metros”. Já “as áreas com predominância de indivíduos com a média das alturas totais até 20 metros” serão classificadas como Cerrado.

O deputado Lúdio Cabral (PT) chegou a apresentar outro substitutivo para suprimir a redação e preservar a proposta original do Executivo, mas o texto não passou.

 

Milhões de hectares vulneráveis

Um estudo feito pelo Observatório Socioambiental de Mato Grosso afirma que a mudança permitiria o desmatamento de 5,2 milhões de hectares. Em nota, o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) cita o levantamento e classifica como “retrocesso” a aprovação da lei na assembleia. Segundo o Ipam, a perda de florestas acentua as mudanças climáticas.

“Estudos científicos já demonstraram que não é mais necessário derrubar nenhuma árvore para ter mais produtividade no campo. Em muitos casos, os ganhos podem dobrar ou até triplicar apenas restaurando áreas degradadas ou reutilizando pastos abandonados”, afirma no comunicado o diretor-executivo do Ipam, André Guimarães.

 

Após a repercussão negativa da lei, o deputado Nininho afirmou em nota publicada em seu site que a legislação proposta atende as exigências feitas pelo Supremo Tribunal Federal para identificação de biomas.

“O projeto não aumenta nem incentiva o desmatamento no Estado. Estamos adequando o que já foi decidido pelo STF e adotando dados mais precisos do IBGE, em conformidade com o projeto original enviado pelo próprio Governo do Estado”, argumentou no comunicado.

Procurado pelo Estadão neste sábado, 11, o deputado não se manifestou sobre o tema. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso também não se posicionou até o momento. O espaço permanece à disposição.


 

 

Wednesday, May 22, 2024

CVM prepara norma de divulgações financeiras relacionadas a eventos climáticos extremos - Brasil são ações, debêntures e quotas de fundos de investimento.

Fachada da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) Divulgação 


 

Aline Scherercolaboração para a CNN

 

 Edital cita, por exemplo, necessidade das empresas descreverem imóveis localizados em áreas sujeitas a inundações 

 A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que regula parte do mercado financeiro, abriu uma consulta pública para receber pronunciamentos técnicos sobre a divulgação de informações sobre riscos e oportunidades relacionados ao clima.

 

A proposta é que as empresas prestem informações úteis para a tomada de decisões por parte de quem utiliza os relatórios financeiros e decide sobre o fornecimento de recursos para as organizações.

O edital, elaborado pela Superintendência de Normas Contábeis e de Auditoria (SNC) da autarquia, explica que as informações climáticas se referem às políticas e práticas adotadas pelas empresas em três tópicos principais: riscos físicos, riscos de transição e oportunidades disponíveis.

As empresas terão de descrever em seus relatórios financeiros quais os riscos físicos que seus negócios podem sofrer com o aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, inclusive as alterações nos índices de mortes e enfermidades relacionadas.

Os dados também deverão incluir a expectativa razoável de afetar os fluxos de caixa, seu acesso a financiamento ou custo de capital no curto, médio ou longo prazo.

 

 Também deverão descrever quais os riscos relacionados à transição ordenada para uma economia de baixo carbono ou consistente com compromissos assumidos no último acordo internacional sobre mudanças climáticas. E mencionar as oportunidades disponíveis para a organização.

 

Além disso, a minuta prevê exigências de divulgações específicas sobre os os processos, controles e procedimentos de governança que a entidade usa para monitorar, gerenciar e supervisionar os riscos climáticos e de transição.

E ainda incluir como esses processos são integrados, a estratégia da empresa para geri-los, e informar o desempenho da companhia em suas metas definidas sobre o clima.

O edital da CVM fala, por exemplo, da necessidade das empresas descreverem seus imóveis localizados em áreas sujeitas a inundações. E também orienta que as empresas, sobretudo seguradoras, descrevam suas políticas para incentivar comportamentos responsáveis em termos de saúde, segurança e meio ambiente.

Após o encerramento do prazo para envio de manifestações, que vai até o dia 11 de julho, a área técnica analisará as sugestões recebidas e, posteriormente, levará a proposta para aprovação e edição da norma em questão.

A proposta é que a Resolução entre em vigor em 1º de janeiro de 2026, embora seja permitida e recomendada a adoção antecipada.

A obrigação de prestar informações relacionadas ao clima está alinhada aos padrões internacionais. Mais especificamente à IFRS S2, norma emitida pelo International Sustainability Standards Board (ISSB), órgão criado pela IFRS Foundation – organização que define as regras para o padrão contábil mais adotado no mundo pelas empresas de capital aberto.

A exigência do detalhamento de informações de acordo com um padrão pré-estabelecido é um esforço dos órgãos reguladores para evitar greenwashing, ou maquiagem verde. O termo é usado quando empresas acabam enganando os consumidores com selos falsos e uma imagem de responsabilidade socioambiental que não condiz com a prática da organização.

“A mudança climática é a discussão central. E, ultimamente, depois de dois anos de aplicação da regra na Europa, e de bastantes relatórios, a comissão entendeu que ainda estão sendo utilizados termos muito vagos”, explica o advogado Bruno Galvão, do escritório Blomstein, com sede em Berlim, na Alemanha.

“Para dizer que um investimento é sustentável, tem que categorizar a atividade que se está colocando dinheiro dentro dos parâmetros da taxonomia, que define o que é uma atividade sustentável ou não, e mostrar quais potenciais impactos negativos que a atividade tem, e o clima tem um papel fundamental nisso”, conclui.

 

Thursday, August 10, 2023

Martianization, Moradores do Havaí se jogaram no mar para fugir do fogo, diz Guarda Costeira dos EUA

 Death toll from Hawaii wildfires increases to 55 as search for survivors continues

 At least 67 people have been killed in the deadliest disaster in the state’s history, as questions are asked about the local warning system


 


Ao menos 12 pessoas foram resgatadas das águas pela Guarda Costeira; incêndios que atingiram ilhas do arquipélago provocaram grande destruição, com relatos de horror da população

População relatou cenas de terror devido ao incêndio; muitas se jogaram no mar para fugir do fogo Zeke Kalua County of Maui

 Um cenário de horror dominou a ilha de Maui, no Havaí, com os fortes incêndios que atingiram a região nesta quarta-feira (09). Alguns moradores chegaram a pular no mar para fugir do fogo que avançava rapidamente, destruindo casas e carros por onde passava. A fumaça também cobria a região, provocando mais ameaças às vidas da população.

A Guarda Costeira dos EUA (USCG, na sigla em inglês) precisou ir à água para resgatar os moradores, segundo informações de um comunicado de imprensa do condado de Maui. A Cruz Vermelha Americana abriu um centro de evacuação em Maui High School, disse o condado.

Ao menos 12 pessoas foram resgatadas por uma embarcação da Guarda Costeira nas proximidades de Lahaina, em Maui. “O USCG continua a resposta conjunta com parceiros federais e estaduais, enquanto o USCG Cutter Kimball está a caminho de Maui para intensificar os esforços”, informou a Guarda Costeira, pelas redes sociais.

Os incêndios florestais em Maui se espalharam tão rapidamente que muitas pessoas não tiveram tempo de se preparar, de acordo com o relato angustiante de um morador que testemunhou os momentos em que o fogo varreu sua cidade.

Claire Kent disse que sua casa em Lahaina foi incendiada no inferno em movimento rápido.

“Aconteceu tão rápido”, disse ela, descrevendo como o dia começou como qualquer outro. Kent disse que estava fora do trabalho por causa dos ventos fortes do furacão Dora. Ela trabalha em um barco no porto e todas as viagens foram canceladas por causa do clima.

“Ouvi as primeiras explosões dos postos de gasolina explodindo e depois vi a fumaça preta a algumas ruas de distância e, em meia hora, estávamos fora de casa”, disse Kent. “Estava na casa de uma amiga. Eu nem fui para casa, não tinha nada comigo.”

Ela disse que em uma hora os incêndios haviam se espalhado até o final do bairro. Foi quando ela percebeu que eles não seriam capazes de voltar.

“Há chamas em ambos os lados da estrada – como algo saído de um filme de terror”, disse Kent, descrevendo a cena enquanto os carros trabalhavam para evacuar.

Ela disse que, devido ao serviço de celular irregular, os avisos de evacuação foram entregues por “pessoas correndo pela rua”.

“Havia caras andando de bicicleta gritando para as pessoas irem embora”, disse Kent.

Algumas pessoas, no entanto, não conseguiram sair. Ela descreveu as chamas se movendo rapidamente, envolvendo algumas áreas em questão de meia hora. Algumas pessoas estavam pulando na água para fugir do fogo, disse ela.

“Tudo se foi”, disse ela. “É a história de Lahaina que é tão devastadora.”

(Publicado por Fábio Mendes)

Sobe para 36 o número de mortos em incêndios no Havai












Wednesday, November 16, 2022

Na COP27, Lula diz que pedirá à ONU para Brasil sediar a conferência em 2025


 


Lula no estande de governos da Amazônia Legal nesta quarta (16) pela manhã na COP27, no Egito - Joseph Eid/AFP



Lula e a mulher, Janja, na chegada à COP27 na manhã desta quarta (16), em Sharm el-Sheikh, no Egito - Mohammed Abed/AFP



Ana Carolina Amaral

Jéssica Maes

Phillippe Watanabe


Folha.com.br 

SHARM EL-SHEIKH (EGITO)

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), recebido com corredores lotados na COP27, conferência do clima da ONU, no Egito, na manhã desta quarta-feira (16), anunciou que pedirá às Nações Unidas que o Brasil seja anfitrião do evento em 2025.


"Vamos falar com o secretário-geral da ONU e pedir para que a COP de 2025 seja feita no Brasil e na Amazônia", disse Lula.


"Se a Amazônia tem o significado que tem para o planeta Terra, se tem a importância que todos vocês dizem que tem, que os cientistas dizem que tem, nós não temos que medir nenhum esforço para convencer as pessoas de que uma árvore em pé, uma árvore viva, vale mais do que uma árvore derrubada", afirmou também, em evento no estande de governadores da Amazônia Legal.


A fala sobre o pedido do Brasil para sediar a COP30, em 2025, veio após sugestão de Helder Barbalho (MDB), governador do Pará, responsável pelo convite para Lula ir à COP27.


"Os estados da Amazônia alcançaram um nível de capacidade de relacionamento com organismos internacionais, com a sociedade civil, com instituições financeiras e até mesmo entre si que deve ser incentivado não pode mais retroceder", salientam.


O tema do desenvolvimento sustentável da região também é destacado. A carta lembra que a Amazônia foi explorada ao longo dos anos, mas isso não se reverteu em progresso para a população local. "O modelo de desenvolvimento vigente, para ser economicamente pujante, trouxe o custo de ser ambientalmente devastador e socialmente excludente."


Os governadores afirmam que seria necessário "aperfeiçoar as capacidades humanas e institucionais e mobilizar a ação empresarial" para que esse desenvolvimento seja alavancado por meio da bioeconomia, transformando a floresta em pé em "commodity".


"É necessário conjugar os saberes técnico e ancestral para que o potencial produtivo da Amazônia se expresse por meio do aproveitamento racional das vocações da região e com retorno justo e equânime para as populações locais", escrevem.


Lula, após a leitura, disse concordar com o conteúdo.


"Eu só queria que os governadores levassem em conta que eu assinaria esse documento de vocês sem nenhum problema porque é mais do que justo que nós recuperemos a aliança entre as unidades federativas para que o governo federal governe em comum acordo com os governadores, e mais ainda que o governo federal volte a governar em acordo com os prefeitos", afirmou.

Ao chegar ao pavilhão da COP27 nesta manhã, por volta das 11h15 no horário local (6h15 pelo horário de Brasília), antes de se posicionar diante do público, Lula se reuniu em uma sala com governadores de Acre, Mato Grosso, Pará e Tocantins, além do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Fernando Haddad, que integra a comitiva do governo de transição.


Lula e a comitiva ingressaram no evento usando credenciais de "país anfitrião", como convidados do governo do Egito.


Quase três horas antes do início previsto do evento, pessoas já se reuniam no pavilhão do consórcio dos governadores da Amazônia na COP27 —o estande de 120m2 ficou completamente lotado em pouco tempo.


Além de membros da imprensa nacional e internacional, que disputavam espaço para conseguir montar suas câmeras e tripés, membros da sociedade civil e parlamentares também tentaram garantir seus assentos desde cedo. Entre eles estavam o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) e Airton Faleiro (PT-PA).


No entanto, seguranças da ONU esvaziaram totalmente o espaço antes da chegada de Lula sob a justificativa de garantir a segurança do presidente eleito.


Na aglomeração que se formou durante a espera, os apoiadores, em especial os indígenas, puxaram coros de músicas de campanha.


Na entrada de Lula, jornalistas perguntaram ao petista como recebe as críticas por se deslocar à COP27 usando um jatinho do empresário José Seripieri Filho, conhecido como Júnior, fundador da Qualicorp e dono da QSaúde. Em resposta, o presidente eleito acenou e disse que falará depois sobre a questão.


Ainda nesta quarta, Lula fará um pronunciamento no espaço da ONU. Na quinta (17), ele se encontra às 10h (hora local, 5h do horário de Brasília) com representantes da sociedade civil brasileira e, às 15h (10h no horário de Brasília), participa do Fórum Internacional dos Povos Indígenas/Fórum dos Povos sobre Mudança Climática.


A repórter Jéssica Maes viajou a Sharm el-Sheikh, no Egito, a convite do Instituto Clima e Sociedade (iCS).



USA, China, Brazil

O projeto Planeta em Transe é apoiado pela Open Society Foundations.


Thursday, September 22, 2022

Pakistan ‘It is beyond bleak’: Pakistan floods affecting 16m children, says Unicef

 Devastating conditions were triggered by heavy monsoon rains that have so far killed more than 1,500 people




Zeeshan Chandio with his son Nadeem Chandio, whose stomach has swollen. Photograph: Shah Meer Baloch/the Guardian



All four of Haliman’s daughters have fallen sick after she left her flood-ravaged house in her village in Qambar Shahdadkot district in the Sindh province of Pakistan. Two of her daughters have a recurring fever and two have skin diseases.


“I have never seen such diseases. The skin on my eldest daughter’s feet is peeling off,” said Haliman, sitting on a charpoy in a girls’ college in Larkana, where she had sought refuge along with a hundred others. “It is because of the floods and she waded through the flood water with me for hours. It is not only her feet, but her back, thighs and neck have bumpy rashes.”


Devastating floods in Pakistan triggered by heavy monsoon rains have killed more than 1,500 people, including 528 children, and affected about 16 million children, according to Unicef. Authorities say the waters that have washed away homes, roads, crops, livestocks and people will take at least three to six months to recede.


Floods have also brought water-borne diseases. “Millions of people are living under the open sky,” the Pakistani prime minister, Shehbaz Sharif, told the Shanghai Cooperation Organisation summit in Samarkand, Uzbekistan, last week. “Water is giving rise to the water-borne diseases.” He has urged the world to focus on the impact on children.


Haliman said her daughters are suffering. “The skin diseases are getting worse and the fever of my daughters is also not going down. I am not getting any reasonable treatment here.”


At least 3.4 million girls and boys remain in need of immediate, lifesaving support. Unicef Pakistan’s representative, Abdullah Fadil, warned that without a massive increase in support, many more children would die. “The situation for Pakistani families is beyond bleak, and malnourished children are battling diarrhoea and malaria, dengue fever, and many are suffering from painful skin conditions,” he said.


Rawat Khan, 47, holding her daughter Iqra, whose ear became discoloured and blemished with small, pus-filled spots, said these diseases were not common before but now all the children were getting sick. Her son’s chest was swollen too.


“The doctors are asking us to get tests done in Karachi … but we cannot afford that. We don’t have money. We lost our houses and savings in the floods,” she said.


“We only saved our lives. We could save nothing else. We are helpless to see our children falling sick and we are unable to do anything about it. The government has failed us.”


Zeeshan Chandio, who comes from an affected village in Sindh province, held his son Nadeem in his arms. “I too want help and I don’t know what’s wrong with my son. His stomach is not well and belly is swollen.”


Dr Faiq Ali, who arranged a medical camp in Warah, a village in Qambar Shahdadkot, one of the most affected districts in Sindh province, said he saw more than 300 children on Sunday and all had various conditions such as malaria, diarrhoea and skin diseases.


“These all are water-borne diseases. You see standing water in the flooded areas where mosquitoes are rampant and people don’t have clean drinking water and they walk in the contaminated water and drink the same water. Everything is so bleak,” Ali said.


He added that a large part of the population was affected and this was on a large scale.


“Sadly, the government is not active in a way that it should be as we have not seen such disasters before. The National Disaster and Management Authority is also not playing an active role. We will see a bigger disaster in the shape of diseases in near future if the government stays inactive,” Ali warned.


Many flood-affected victims in Larkana said they were living in the constituency of the foreign minister, Bilawal Bhutto Zardari, and he had not visited them. They asked for his help for their children.


Jaffarabad, one of the most affected towns in Balochistan, which along with Sindh are the worst-hit provinces, represents the same bleak image where children are falling sick.


A woman, who requested anonymity, consoled her child in her lap. “We don’t get medicine, treatment, food or anything for our children. My son has been vomiting for days but I don’t know the cause of his sickness,” she said.


Fadil said that Pakistani children were paying the price for a climate disaster that was not of their own making and the world should help them so they could rebuild the lives of millions of vulnerable children in the coming months.


“Apart from rise in diseases, education for children is our main concern,” he said. “In 81 calamity-hit districts, the children are missing schools and even before this disaster in Pakistan more than 50% children are out of school.


“We don’t know when they will go back to school and that’s worrying and particularly for girls in these districts, whether their parents will send them to school or get them married. In Pakistan, early marriages are nothing new.”


Zeeshan Ahmed Khan, nine, was studying in grade 3 when his school was flooded with water. “I got new books when the new session started but they got damaged in the flood,” he said.


Allah Warayu had just moved to 4th class when half of his school was drowned in water. “I miss school and my friends but I have no idea where they are. Only my cousin is here with me and I have no idea where and how my other classmates are,” he added.


Fadil said he had seen girls reading and studying in tents and camps for the first time in their lives.


“I have seen young girls who, for the first time in their lives, hold pencils and books in their hands in the tents. They asked us to continue it. This was the most powerful and joyous thing I had seen. It must continue it and make sure all girls and children go to school.”






Tuesday, July 5, 2022

Mudança climática aumentou intensidade de chuvas no Nordeste, dizem cientistas - Brazil





Pesquisadores analisaram modelos com e sem o aquecimento global; temporais de maio e junho deixaram centenas de mortos em Pernambuco


Isac Godinho - Folha.com


BELO HORIZONTE

As mudanças climáticas impulsionadas pelas ações humanas proporcionaram um aumento na intensidade das chuvas que atingiram o Nordeste do Brasil no fim de maio e no início de junho, principalmente no estado de Pernambuco.


Segundo pesquisadores, sem o aquecimento global, os eventos ocorridos seriam um quinto menos intensos.


As informações são de estudo do World Weather Attribution, divulgado nesta terça (5). A pesquisa foi realizada por cientistas do Brasil, Reino Unido, Holanda, França e Estados Unidos.


As análises foram realizadas a partir de modelos climáticos que simulam o evento meteorológico em um cenário sem a emissão de gases do efeito estufa e no cenário atual, com aquecimento do planeta em cerca de 1,2°C.


A climatologista Friederike Otto, da Universidade Imperial College de Londres, no Reino Unido, explica que o objetivo desse tipo de estudo é analisar a relação de eventos meteorológicos intensos com as mudanças climáticas. Segundo ela, isso é importante para entender as possibilidades de eventos similares acontecerem e como eles seriam sem as mudanças do clima.


O pesquisador Lincoln Alves, do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), afirma que o trabalho incluiu a caracterização do evento, para entender o quão raro foram as chuvas em comparação com o histórico.


Foram selecionadas 75 estações pluviométricas na região que possuíam dados ao menos desde a década de 1970 para realizar o estudo. As análises foram feitas a partir da quantidade de chuva que caiu na região em recortes de um período de sete dias e de um período de 15 dias.


Tais eventos meteorológicos raros são mais prováveis de acontecer atualmente que em um cenário sem aquecimento global. No entanto, a partir do estudo não é possível mensurar o quanto as mudanças climáticas fazem com que esses eventos aconteçam no futuro.


Entre os dias 27 e 28 de maio, o estado de Pernambuco recebeu em 24 horas mais de 70% da chuva esperada para todo o mês. Somente em Pernambuco, ao menos 129 pessoas morreram em decorrência das chuvas. Outros estados como Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe também foram afetados.


Desde o último fim de semana, temporais voltaram a preocupar alguns estados do Nordeste. Oito pessoas morreram e dezenas de cidades entraram em situação de emergência em Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Norte.


Outro elemento apontado pelos pesquisadores que agravou as consequências das chuvas na região metropolitana do Recife foram os problemas de vulnerabilidade da população. O aumento da urbanização não planejada em áreas de risco de inundação e encostas íngremes ampliaram a exposição das pessoas aos riscos causados pela chuva.


Segundo Edvânia Pereira dos Santos, da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), a cidade do Recife e a região metropolitana são muito vulneráveis, devido a fatores como a alta densidade demográfica e o fato de a cidade ter sido construída ao redor de rios.


De acordo com Alexandre Köberle, pesquisador do Grantham Institute na Universidade Imperial College de Londres, os sistemas de alerta realizados por órgãos municipais, estaduais e federais auxiliam na redução dos danos nesse tipo de tragédia. Segundo ele, esses sistemas podem ser melhorados para que ações antecipadas mais eficazes sejam realizadas.


Santos, que fez parte do estudo, explica que a Apac atua em parceria com a Defesa Civil para emitir tais alertas e orientar a população.


De acordo com ela, a agência vem trabalhando para melhorar a comunicação com a população sobre a importância dos alertas meteorológicos e sobre medidas a serem tomadas. Segundo ela, muitas pessoas não veem importância nos avisos ou não sabem como proceder para evitar consequências mais graves.


Santos diz que desde março a agência monitorava a possibilidade da ocorrência de fortes chuvas neste ano, devido a fenômenos como a La Niña e o aquecimento do Atlântico. Com esses prognósticos a Defesa Civil atua para tomar as medidas possíveis e necessárias.





 

Wednesday, June 15, 2022

Methane leak at Russian mine could be largest ever discovered

About 90 tonnes of methane an hour were released from the Raspadskaya coalmine in January, data shows


Blast at the Raspadskaya cola mine, Russia. Photograph: Bloomberg/Getty Images Theguardian.com
 






Possibly the world’s biggest leak of methane has been discovered coming from a coalmine in Russia, which has been pouring out the carbon dioxide equivalent of five coal-fired power stations.

About 90 tonnes an hour of methane were being released from the mine in January, when the gas was first traced to its source, according to data from GHGSat, a commercial satellite monitoring company based in Canada. Sustained over the course of a year, this would produce enough natural gas to power 2.4m homes.

More recently, the mine appears to be leaking at a lower rate, of about a third of the highest rate recorded in January, but the leak is thought to have been active for at least six months before January’s survey.


The leak, which comes from the Raspadskaya mine in Kemerovo Oblast, the largest coalmine in Russia, is about 50% bigger than any other leak seen by GHGSat since it started its global satellite monitoring in 2016. The company believes it is bigger than any leak yet traced to a single source.

Brody Wight, director of energy, landfill and mines at GHGSat, said that methane was an often overlooked side-effect of coalmining that added to the climate impact of burning coal. The Raspadskaya leak would add about 25% to the greenhouse gas emissions of burning any coal produced from the mine, he estimated.

“We are seeing an increase in methane from this site generally, which could be the result of increased coal production, linked to global trends in coal use,” he said.

Russia is one of the world’s biggest sources of methane from fossil fuel extraction. The country’s gas infrastructure, including production facilities and pipelines, is notoriously leaky despite calls for the government to take action.

Paul Bledsoe, a former White House adviser to Bill Clinton and now with the Progressive Policy Institute in Washington DC, said: “Deeply cutting methane is the only sure way to limit near-term temperatures and prevent runaway climate change, yet every month brings new evidence that Russia is hiding the world’s most massive and destructive methane leaks. Putin is desperately hiding these enormous emissions so he can continue to profit from sales of Russian coal, oil and gas and fund his war-making regime. But those nations like China who continue to buy Putin’s oil and gas are equally abetting his climate and war criminality.”

All underground coalmines produce methane, which can cause explosions if it builds up. A blast at the Raspadskaya mine in 2010 killed 66 people.


Venting methane can be done for safety reasons. However, there are ways of capturing methane when it is produced at a high rate, or venting through oxidisation, so that it causes less harm to the climate.

Methane is about 80 times more powerful as a greenhouse gas than carbon dioxide, though it degrades in the atmosphere over about 20 years. In February, the International Energy Agency warned that most countries were under-reporting their methane emissions, and the true amounts pouring into the atmosphere were far greater than had been thought.

Recent studies have shown that cutting methane could be one of the fastest ways of holding down global temperature rises, and that sharp cuts now could prevent a rise of about 0.25C by 2050.

Durwood Zaelke, the president of the Washington-based Institute for Governance, said the Raspadskaya leak showed the urgent need for action. “It’s critical to set up a comprehensive satellite monitoring system for methane. We also need to deploy a system of incentives and sanctions that can remedy these emissions, focusing first on the super emitters,” he said.

The IEA also found that at current high gas prices, the cost of capturing methane was far less than the value of using it or selling it as a fuel source, which should give companies and governments an incentive to capture the gas rather than venting or flaring.


At the Cop26 UN climate summit in Glasgow last November, more than 100 countries agreed to reduce their methane emissions by at least 30% by 2030. Russia was not among them, however.

GHGSat said it measured 13 distinct methane plumes, ranging in size from 658 to 17,994 kg an hour, from the mine. The discovery was made on 22 January, but the company took time to verify its findings and contact the operator of the mine, which has not responded.




Sunday, May 29, 2022

" Perdidos na Madrugada " Mudanças Climáticas.

 




Chuvas em Pernambuco: 'Não adianta receber o alerta e não saber o que fazer', avalia especialista em gestão de risco.


Por Erick Bang, GloboNews

 As fortes chuvas que atingiram o Grande Recife deixaram mais de 50 mortos devido a deslizamentos de barreiras. Nos dias anteriores ao temporal, a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) previu a chuva e divulgou alertas. Entretanto, para Leonardo Farah, especialista em gestão de risco e desastre, falta "vontade política" do poder público para evitar as mortes (veja vídeo acima).

Segundo o especialista, é preciso, para além de emitir alertas para a população que mora em locais de risco, dar condições de habitação e de mitigação de risco para as pessoas que podem ser afetadas por deslizamentos e inundações.

"Não adianta a gente receber o alerta e não saber o que fazer. Recebi um alerta que tem fortes chuvas, mas para onde eu vou? Para onde eu vou levar minha família? É uma complexidade grande, mas é possível fazer. Principalmente com um planejamento de longo prazo, verificando os locais de risco, as pessoas que moram em áreas de vulnerabilidade", afirmou.



 

  Comunidade de Monte Verde, na divisa do Recife com Jaboatão dos Guararapes, onde barreira deslizou matando dezenas de pessoas — Foto: Pedro Alves/g1


  Para Leonardo Farah, é preciso fazer planejamento urbano de longo prazo, e isso é o principal entrave na mitigação de riscos pelo poder público.

"É importante fazer um mapeamento dos locais de risco e realocar as pessoas. Porque essas pessoas que estão morando num local de risco, se não tiverem um outro local para viver, elas não vão sair de lá. É ilusão a gente achar que nós vamos deixar essas pessoas por um, dois, três meses num abrigo. É extremamente complicado você viver com uma população enorme dentro de um abrigo", disse.

O especialista em gestão de risco e desastre também disse que os desastres são previsíveis, reincidentes e cada vez mais intensos. Isso ocorre principalmente por causa das mudanças climáticas. O Recife, por exemplo, é a capital brasileira mais ameaçada por esses fenômenos, segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU).


"A gente colocar a culpa na chuva é algo muito pretensioso, porque isso todo ano se repete, todo ano é a mesma situação. O evento natural extremo está cada vez acontecendo com uma maior frequência, maior intensidade e num curto espaço de tempo, por conta de questões de mudanças climáticas", explicou. 








Summer 2025 was hottest on record in UK, says Met Office. Unprecedented average temperature made about 70 times more likely by human-induced climate change, says agency

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