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Friday, May 31, 2024

(Antarctic Melting) Today’s newsletter looks at Brazil, which is being slammed with climate disasters

 

Residents and volunteers help with rescues through floodwaters in Canoas, Rio Grande do Sul, Brazil, on May 5. Photographer: Carlos Macedo/Bloomberg


Today’s newsletter looks at Brazil, which is being slammed with climate disasters, all while it prepares to host a UN summit on global warming next year. You can read a full version of today’s top story here. For unlimited access to climate and energy news, please subscribe

The latest climate migrants 

By Daniel Carvalho

On April 29, Jéssica Lima and her family went to bed. They woke up with a river inside their house.

Lima’s home, in a rural area of Roca Sales, Brazil, is one of the many pummeled by the worst flood in the history of Rio Grande do Sul, the southernmost state in the country.

The catastrophic floods, following torrential rainfall, have taken the lives of at least 169 people and displaced more than 581,000. The impacts have been widespread across the state that is home to 11 million people.

 

This was the third major flood for Rio Grande do Sul in the past year, and there are indications that severe weather events such as this will become more common due to climate change.

It’s given many residents like 30-year-old Lima reason to want to leave the area for good. “It’s hard to get a house here,” she said by phone. “It’s hard to find a place that hasn’t been hit by water. And we’ve lost everything. We’ve been pretty shaken up.”

While the federal government has already announced resources in the order of 77.5 billion reais ($14.9 billion) in aid to Rio Grande do Sul – there are new concerns over whether efforts to rebuild its cities will be wasted the next time disaster strikes.

Mayors and other local authorities are now weighing the idea of relocating entire neighborhoods away from high-risk areas. It’s a change that will permanently reshape Brazilian maps and turn thousands of people like Lima into the world’s newest climate refugees.

Homes destroyed by floods in Roca Sales, on May 5. Photographer: Gustavo Ghisleni/AFP/Getty Images

 

“When you have the recurrence of dramatic situations like this that killed people, put people at risk, naturally, this is one of the real possibilities that have to be worked on,” Rio Grande do Sul Vice Governor Gabriel Souza said in an interview.

There are more than 48,000 people sheltered in schools, colleges and sports gymnasiums. A countless number of families are in tents on roadsides, living with continuous rain and temperatures around 7C (44.6F) as winter looms.

The state government is preparing to move displaced residents to four “provisional cities,” located in Canoas, Porto Alegre, São Leopoldo and Guaíba. Meanwhile, 5,500 houses are being built elsewhere at a cost of 140,000 reais ($27,090) each, according to the local government.

Officials say it’s still impossible to estimate how many municipalities will have to move their residents to other areas because it’s still raining and the water has not yet receded completely.

Severe weather has sparked mass exodus from cities before. For example, New Orleans in the US saw its population plummet after Hurricane Katrina in 2005 — with those numbers never returning to what they were in the early 21st century. As climate change increases the number and intensity of floods and fires around the world, more people will likely be forced to move. The question remains: Where to?

Residents remove damaged furniture from a home in Eldorado do Sul on May 22. Photographer: Tuane Fernandes/Bloomberg

 

Many families in Rio Grande do Sul still don’t know where to go. Yet, they are aware that there’s no alternative but to start life from scratch.

Lima’s family has already shown resilience. Her husband and children — a four-year-old daughter and 11-year-old son, who has cerebral atrophy and severe autism — are currently living at a neighbor’s house as they look for a new home.

Before the floods, Lima and her husband had just bought new furniture – not all paid off.

“When we left home, the first thing I did was thank God for being alive,” she said. “The sadness was great, but the important thing is to be well. Things, in time, we’ll get back, God willing.”


 

 

Monday, May 20, 2024

Resiliência a eventos climáticos extremos demanda plantio de 10 bi de mudas no Brasil, diz estudo...

 

Cidade de Sinimbu, a 240 km de Porto Alegre, foi destruída pela enchente Divulgação/Prefeitura de Sinimbu 


 

Aline Scherercolaboração para a CNN

São Paulo

 

 Vegetação nativa e de alimentos pode contribuir para prevenir eventos como o do Rio Grande do Sul 

 A reconstrução do Rio Grande do Sul deveria considerar estruturas mais resilientes a episódios de clima extremo, afirmam especialistas em mudanças climáticas, economia e urbanismo.


 

A começar pelo plantio de vegetação nativa, combinadas ao plantio de alimentos, para recuperar com urgência 1,165 milhão de hectares em áreas de preservação permanente e reserva legal no estado, já previstas em lei.

Para fazer o plantio e manejo o potencial é de geração de 218 mil empregos só no Rio Grande do Sul. Em todo o Brasil, seriam 5 milhões de novos empregos ao longo de toda a cadeia de valor para o plantio de 10 bilhões de mudas em 12 milhões de hectares — o equivalente à extensão da Inglaterra.

As estimativas são do estudo “Os Bons Frutos da Recuperação Florestal”, do Instituto Escolhas, empresa especializada na interface de temas econômicos e ambientais para propor soluções para os problemas de desenvolvimento do país.

“Nós não temos essa infraestrutura do ponto de vista produtivo estabelecida no Brasil. É preciso fazer um investimento da ordem de R$ 220 bilhões, e os retornos são bastante significativos”, diz Sérgio Leitão, diretor da entidade.


 

“No Rio Grande do Sul, dos 1,165 milhão de hectares que deveriam ser plantados, 500 mil hectares estão nas chamadas matas ciliares, ou seja, nas margens dos rios, nas beiras dos cursos d ‘água, que é exatamente onde se torna mais urgente essa recuperação”, explica.

Outros 650 mil hectares estão em áreas privadas, segundo o estudo.

Para o especialista, a reconstrução econômica do estado, que tem sido objeto da negociação entre o governo federal e governo estadual, precisa também abranger a recuperação ambiental para se prevenir e se proteger contra a repetição de eventos climáticos extremos.

“A infraestrutura natural retarda a velocidade da água no caso de uma enchente e permite que essa água se infiltre, e, portanto, deixe de virar uma fonte de alagamento”, explica o diretor do Instituto Escolhas.

“A gente defende que essa recuperação das áreas se dê de forma produtiva, usando modelos de consorciamento de vegetação com a produção de alimentos porque isso traz retorno econômico”.

Para isso, será necessário produzir sementes e mudas, formar e contratar profissionais especialistas no plantio e manejo, além de investimento em pesquisas.

“Recuperar florestas é uma oportunidade econômica imensa, com geração de ganhos sociais e ambientais”, conclui.

A oportunidade não vale somente para o Rio Grande do Sul, mas para construir resiliência às mudanças climáticas e desenvolvimento socioeconômico em todo o país.

Só no estado do Pará, por exemplo, a recuperação econômica de áreas desmatadas geraria 1,5 milhão de empregos e permitiria a redução da pobreza em 50%, de acordo com o estudo.

A atividade de recuperar a vegetação nativa é intensiva em mão de obra, especialmente nos três primeiros anos. Combinada à produção de alimentos e à produção madeireira, por exemplo, em sistemas agroflorestais, significa pelo menos 20 anos de manutenção de empregos.

“Todo o esforço de investimento, mas também o seu retorno financeiro, faria o Brasil cumprir a meta que o país assumiu em 2015, quando houve o acordo do clima em Paris, durante a COP21, com obrigações que se transformaram, por sua vez, nas NDCs, que são as Contribuições Nacionalmente Determinadas”, lembra o especialista.

Desde então, pouco foi feito de restauração ecológica aliada ao uso econômico. “De 2015 para cá a gente não fez praticamente nada, pouco menos de 100 mil hectares”, diz.

Exemplos Internacionais

Nos Estados Unidos, a Lei da Redução da Inflação, (IRA, na sigla em inglês), de 2022, propõe o Civilian Climate Corps, a contratação de pessoas para cuidar da recuperação da infraestrutura natural — em outras palavras, o plantio de vegetação nativa combinada a alimentos.

Além de tornar o país mais resiliente à crise climática, o “Corpo Civil do Clima” gera empregos, especialmente na região conhecida como Cinturão da Ferrugem, carente de oportunidades de trabalho.

A iniciativa é semelhante ao que o presidente Franklin Roosevelt fez na década de 1930, durante a Grande Depressão Americana.

Nesta linha, outra iniciativa atual ocorre no Quênia, cujo governo decretou um feriado nacional para incentivar o plantio de 100 milhões de mudas de árvores.

Cerca de 150 milhões de mudas foram disponibilizadas gratuitamente no dia 13 de novembro do ano passado em centros de agências florestais para serem plantadas em áreas públicas definidas previamente.

O objetivo é chegar a 15 bilhões de árvores plantadas em 10 anos, para tornar o país mais resiliente à crise climática.

O governo também encorajou que cada um dos 50 milhões de quenianos comprasse pelo menos duas mudas de árvores para plantar nos jardins de suas casas.

A ideia foi inspirada na primeira mulher africana a receber um Prêmio Nobel da Paz, em 2004, Wangari Muta Maathai. A professora e ativista, falecida em 2011, fundou o Movimento do Cinturão Verde, uma organização não governamental ambiental dedicada ao plantio de árvores, consorciada ao plantio de alimentos, como forma de proteger o solo contra a erosão e recuperar os aquíferos — espaços de produção de água.

“O Brasil precisa urgentemente entender que o plantio de árvores não significa apenas uma questão ecológica. É uma questão econômica, social, e de preparar o país para esses dias de mudança de clima que infelizmente chegaram da forma mais trágica possível”, alerta o diretor do Instituto Escolhas.

Como mostra a experiência dos milhares de salvamentos de pessoas e animais realizados por civis no Rio Grande do Sul, e as iniciativas de plantio de árvores no Quênia e nos Estados Unidos, também a recuperação ecológica poderia se dar com o apoio das pessoas.

“Pequenos agricultores vão se candidatar ao plantio, recuperar suas propriedades, produzir alimentos. E vamos ter a necessidade de um grande apoio do governo para que isso possa acontecer”.

Thursday, September 7, 2023

Ciclone do RS: nove moradores de Muçum estão desaparecidos, diz governo

 

Destroços de casas atingidas por enchente após passagem de ciclone extratropical, em Muçum (RS) — Foto: REUTERS/Diego Vara

 

Sobe para 46 o número de desaparecidos

https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2023/09/08/temporal-no-rs-sobe-para-o-numero-de-desaparecidos.ghtml 

Nove moradores de Muçum, na Região Central do estado, estão desaparecidos após a passagem do ciclone extratropical e as intensas chuvas que atingiram o RS no início da semana. O levantamento foi publicado pela Defesa Civil estadual, na noite de quarta-feira (6).

O número de mortes registradas na cidade foi atualizado, após revisão. Dos 15 óbitos registrados inicialmente, o total foi atualizado para 14. A cidade é a que mais registra mortes após a passagem do ciclone.

Nesta quarta-feira (6), os corpos das vítimas de Muçum e das de Roca Sales foram levados ao Departamento Médico Legal de Porto Alegre, para a identificação.

 

Os nomes dos desaparecidos não foram divulgados pela Defesa Civil. Além da estatística estadual, prefeituras também têm contabilizado relatos de pessoas que não haviam sido encontradas por parentes. Em Estrela, no Vale do Taquari, a prefeitura divulgou nesta quarta uma lista com mais de 30 nomes de pessoas consideradas desaparecidas.

No total, são 37 mortes. Veja abaixo por cidades:

  • Cruzeiro do Sul - 3
  • Encantado - 1
  • Estrela - 2
  • Ibiraiaras - 2
  • Lajeado - 3
  • Mato Castelo - 1
  • Muçum - 14
  • Passo Fundo - 1
  • Roca Sales - 9
  • Santa Tereza - 1


 

Com pouco mais de 4,6 mil habitantes, Muçum sofreu de forma severa com os impactos da chuva. Vias foram tomadas pela água que inundou o município. De acordo com as autoridades, mais de 85% da cidade foi atingida pela enchente, incluindo residências, escolas, estabelecimentos comerciais, o hospital e o cemitério. 

 As mortes registradas no Rio Grande do Sul já superam a maior tragédia natural das últimas quatro décadas no estado, quando 16 pessoas morreram em junho. 

 

Summer 2025 was hottest on record in UK, says Met Office. Unprecedented average temperature made about 70 times more likely by human-induced climate change, says agency

The water levels at Broomhead reservoir in South Yorkshire have been low this summer. Photograph: Richard McCarthy/PA by   Damien Gayle The...