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Thursday, November 7, 2024

Severe drought puts nearly half a million children at risk in Amazon – report. Warming climate has caused rivers used for transport to dry up, leaving children with little food, water or school access, says Unicef

 

Children walk to school along part of a tributary of the Amazon in Santo Antônio community in Novo Airão, Amazonas state, Brazil, 1 October 2024. Photograph: Michael Dantasmichael Dantas/AFP/Getty Images

 




Two years of severe drought in the Amazon rainforest have left nearly half a million children facing shortages of water and food or limited access to school, according to a UN report.

Scant rainfall and extreme heat driven by the climate crisis have caused rivers in what is usually the wettest region on Earth to retreat so much that they can no longer be traversed by boats, cutting off communities.

The effects are being felt most by children, with more than 1,700 schools and 760 health centres in the Amazon having become inaccessible or out of reach, according to the report from the children’s agency Unicef.

“For the most remote communities it really is a life-threatening situation,” said Antonio Marro, a Unicef manager. “Children are contracting dengue fever, malaria and other serious diseases and there is no way they can reach a health centre for treatment.”

Deforestation and a warming climate in tandem with weather phenomena such as El Niño have scorched the rainforest and left vast sandbanks where rivers once flowed.

In October, the Solimões and the Rio Negro – some of the Amazon’s largest tributaries – reached their lowest levels since records began in 1902.

A member of a Solimões riverside community carries food and drinking water distributed by the state due to the ongoing drought, Careiro da Várzea, Amazonas state, October 2023. Photograph: Edmar Barros/AP


 
Riverside communities rely on travelling by boat to towns for everything from food and water to medical treatment and schools but the water levels have dropped so much that travel has been paralysed.


 Half of families surveyed in 14 communities in the southern Amazon in Brazil said their children were currently out of school due to dry conditions.

Teachers have been unable to get to work, closing schools and leaving children more vulnerable to being recruited into the armed groups that rule over vast swathes of the rainforest, Unicef says.

Children aged five and under are at a higher risk of infections, malaria and malnutrition, while studies have found that babies born during extreme drought or flooding in the Amazon were more likely to be premature or underweight.

“This, the worst drought in the last century, is a clear demonstration that climate change is unfortunately already here and it’s getting stronger and stronger,” Marro said. “Rivers in the Amazon are our roads and they are drying up. Neither us nor our grandfathers have ever seen anything like this.”

The Amazon is a bulwark against the climate crisis, regulating regional weather patterns and sucking in carbon, but it is being transformed by warming temperatures and deforestation.

Local communities also say fish are dying off en masse. Hundreds of pink river dolphins have died in the extreme temperatures, concerning conservation organisations.

 

Gentil Gomez, a member of the Ticuna Indigenous community in Lake Tarapoto in the Colombian Amazon, said: “We rely on the river for everything, but it’s raining maybe once a month, so now it takes a long time to get to town and sometimes we just give up pushing and pulling our boats because the river is too low.

“We hope a politician or someone somewhere can help us with climate change because we are feeling it here.”

Unicef estimates that $10m is needed in the coming months to address urgent needs such as delivery of essential supplies and medicines while strengthening public services in Indigenous communities in Brazil, Colombia and Peru.

“The health of the Amazon affects the health of us all,” said the organisation’s executive director, Catherine Russell.

 

Tuesday, December 12, 2023

Martianization, Isolados pela seca, produtores de guaraná passam fome na Amazônia



Ribeirinhos criam frangos para driblar falta de peixe prolongada por estiagem extrema na Amazônia 




MAUÉS (AM)

Não há mercados no Alto Urupadi, região de comunidades ribeirinhas no município amazonense de Maués. Para comer, as centenas de famílias que ali vivem recorrem a quatro fontes: o rio, que lhes fornece o peixe; a floresta, onde caçam e colhem frutos; a roça, onde plantam mandioca e outros tubérculos; e os comércios do centro da cidade, localizados a horas de distância de barco.

Todas essas alternativas foram prejudicadas pela estiagem histórica que atingiu o Amazonas neste ano de 2023, tão severa que matou botos, secou rios, tingiu o céu de fumaça e deixou as 62 cidades do estado em situação de emergência.





O clima extremo levou insegurança alimentar a populações tradicionais como as do Alto Urupadi, que lidam com a escassez de água e comida mesmo vivendo na região com maior biodiversidade do planeta.

"Este rio era muito farto", diz o líder comunitário José Cristo de Oliveira, 48, citando uma infinidade de peixes que costumavam pescar por ali: jaraqui, bodó, pirarucu, curimbatá, tucunaré, acará, tambaqui, caratinga, pacu.

Agora, o rio raso e excessivamente quente espantou muitas espécies de perto da margem, e os pescadores precisam ir longe em busca da refeição de suas famílias.

Video

A falta de profundidade da água também atrapalha a locomoção até a cidade. Só embarcações pequenas navegam, e mesmo assim por rotas alternativas, o que multiplica o tempo de viagem, o gasto com combustível e o preço dos poucos produtos à venda em locais próximos. Um frango chega a custar R$70 e uma lata de sardinha, R$12.

Para piorar, o sol intenso secou as plantações e, como os frutos só nascem na época de chuvas, os animais que poderiam ser caçados ainda não deram as caras por ali.

"Muita coisa que nós plantamos nós não colhemos por causa do verão forte. Fizemos outro roçado, mas morreu a metade. Agora estamos replantando de novo", conta Aleandra Sá Pimentel, 34, moradora da comunidade de São Sebastião.

Os homens do povoado saem para pescar antes do nascer do sol. Eles jogam a rede, cutucam a lama do fundo do rio com o remo buscando algum tucunaré ou acará que possa ter se escondido, mudam de lugar para ver se têm mais sorte. Dependendo da quantidade que conseguem, terão almoço e janta ou só uma das duas refeições.

Mãe de sete filhos, Aleandra prioriza o prato das crianças. "Antes de dormir, tento fazer um mingau ou uma sopinha. Se não comerem nada, eles ficam se queixando, dói o estômago."

Quem tira sua sobrevivência da floresta e dos rios já está acostumado com a alternância dos períodos de seca (de maio a outubro) e cheia (de janeiro a abril). O calendário alimentar dos ribeirinhos segue esse ritmo, com maior abundância de peixes na estiagem e de frutos e caça na época de chuvas.

O período de conexão entre essas estações é o mais crítico, já que a pesca fica mais difícil e os frutos ainda não vingaram nem atraíram animais. Geralmente isso dura um mês, mas essa transição vem se prolongando.

"No ano passado foram 60 dias. Neste ano eles deixaram de pescar dois meses atrás e a seca continua. Isso cria uma lacuna na principal proteína da dieta, que é o pescado", explica Cloves Pereira, professor da Faculdade de Ciências Agrárias da UFAM (Universidade Federal do Amazonas).

Devido à confluência de fenômenos como o El Niño, as altas temperaturas do Atlântico Norte e o aquecimento global, os rios continuaram a secar quando já deveriam estar enchendo.

"Nesse calendário ecológico, onde vão se sucedendo as atividades produtivas, a água é uma referência. E quando isso é modificado, os povos tradicionais são os primeiros a sentir o impacto", afirma Pereira.

Para Pereira, se essas populações não criarem estratégias de adaptação para extremos climáticos, podem até ser obrigadas a migrar, deixando o território onde vivem há gerações e que ajudam a preservar.

TERRA DO GUARANÁ

Com 61 mil habitantes espalhados por uma área 25 vezes maior do que a cidade de São Paulo, Maués é tido como o berço do guaraná. A frutinha, famosa por parecer um olho, foi domesticada há séculos pelos indígenas Sateré Mawés, com métodos de cultivo e conservação usados até hoje.


Apesar de ter sido superado pela Bahia na quantidade produzida, Maués se orgulha de ter um guaraná de qualidade, beneficiado artesanalmente. Fotos, desenhos e esculturas da fruta são onipresentes por ali.

O símbolo da cidade, porém, não passou incólume pela seca. Além de terem perdido uma parte da safra devido ao calor, muitos agricultores não conseguiram transportar seu produto até o centro, o que prejudicou sua principal fonte de renda no ano.

"O guaraná precisa de sol para produzir flor e fruto. Mas na floresta ele fica mais protegido e o solo segura a umidade. Fora da floresta, com o sol tão forte, a planta morre", explica o engenheiro florestal Eric Brosler, que cultiva guaraná em Maués.

"Toda nossa produção está no galpão, e aí o dinheiro não entra", diz José Cristo, que é presidente da Associação dos Agricultores Familiares do Alto Urupadi (AAFAU). Ele calcula que os 60 produtores do grupo devem colher a metade das 30 toneladas do grão de guaraná que vendem "em um ano bom".

Na busca de segurança para sobreviver às intempéries, eles se esforçam para agregar valor ao produto local. A eliminação de atravessadores, a exportação e a certificação orgânica são algumas estratégias. "Nosso guaraná é de qualidade. Ele demora mais a produzir, mas tem sustentabilidade por anos", diz Cristo. "O processo é todo artesanal. É a nossa cultura e a gente não quer perder."

FRANGOS NA FLORESTA

Outra forma de adaptação ao clima extremo é a busca de autossuficiência na produção de alimentos. Eles implementaram um viveiro de mudas e até uma criação de frangos, que se tornam uma opção ao peixe em tempos difíceis.

Construído em 2022, o aviário-escola tem 170 animais e é mantido por um grupo de mulheres, que foram treinadas em técnicas de criação e abate por especialistas da UFAM. O projeto surgiu após uma visita do chef David Hertz, fundador da ONG Gastromotiva, a Maués.

"Cheguei lá no dia 25 de dezembro de 2021 e a primeira pergunta que eu fiz foi como tinha sido o Natal. Eles falaram: ‘Não teve Natal, não tem comida’. Nosso jantar foi dois ovos cozidos com bolacha salgada, arroz e duas latas de sardinha que levamos. Mesmo assim foi uma cena muito festiva, que me marcou", conta.

Hertz, que atua no combate à fome há anos, não imaginava encontrar tamanha escassez na Amazônia. Ele se uniu ao Instituto Acariquara, que já era seu parceiro local em um projeto de cozinhas solidárias. A ONG atua no Alto Urupadi desde 2006, com apoio ao associativismo e ao desenvolvimento agrícola.

O aviário foi uma escolha dos próprios ribeirinhos. A ideia é que ele se torne autossustentável, com a produção local de ração e a venda de uma parte dos frangos para o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar). Também está nos planos a criação de uma granja de galinhas poedeiras.

"Começamos com o frango de abate para suprir a emergência imediata, que é a fome. Depois eles podem montar a granja, a chocadeira. O objetivo é fazer o ciclo completo lá", afirma Ademar Vasconcelos, diretor executivo do Acariquara.

"As soluções para a Amazônia as próprias comunidades já têm. A universidade entra com a assistência técnica", completa.

O Natal de 2022 foi mais farto em São Sebastião. Os frangos foram repartidos para as famílias e uma parte foi usada em um sopão comunitário.

Para Hertz, é o mínimo que os moradores do Alto Urupadi merecem. "Quando bem alimentados e com autonomia financeira, eles podem fazer todas as escolhas e continuar cuidando da floresta", afirma. "A ação contra a mudança climática tem que começar com o cuidado com as pessoas. São eles os defensores daquela terra."

A causa 'Fome de quê? Soluções que inspiram' conta com o apoio da VR e da Rede Folha de Empreendedores Socioambientais.




 

Friday, October 27, 2023

Brazil - Martianization - Seca no Amazonas compromete transporte de produtos e ameaça descontos da Black Friday - CNN

 



seca prolongada nos rios da Amazônia tem castigado moradores da região e atrapalhado transporte de produtos da Zona Franca de Manaus a outras áreas do país. E essa dificuldade pode impactar os descontos da Black Friday deste ano.





Com a estiagem, os níveis dos rios diminuíram significativamente, o que torna mais difícil — ou até impossível — para embarcações de grande porte, como barcaças, transportar produtos para dentro e fora do polo.

Como resultado, podem ocorrer atrasos no transporte, além da cobrança de custos adicionais.

Rodrigo Bandeira, vice-presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), explica que existem alternativas de transporte que garantem o abastecimento das lojas para a Black Friday, como o rodoviário. Porém, o custo é mais elevado — e pode ser repassado ao consumidor final.

“A gente pode esperar uma Black Friday diferente com relação a descontos para esses produtos, mas há outras categorias que estão ganhando relevância e que ajudam a compor esse ‘bolo’, cada um na sua fatia”, analisa.

Bandeira destaca que não há risco de desabastecimento. “Quem está no jogo certamente já tomou as providências para que não faltem produtos”, acrescenta.

O especialista avalia que os problemas não se restringem aos preços dos produtos, mas também ao cenário macroeconômico.

“A partir do momento que você tem uma questão como essa, você vai ter um problema que pode impactar outras empresas, como de transporte e logística, inclusive com demissões […] O varejo precisa de pessoas empregadas que consigam consumir para fazer a roda girar”, afirma.

Zona Franca de Manaus fabrica eletrodomésticos, veículos, motocicletas, TVs, celulares, bicicletas, aparelhos de ar-condicionado, computadores, entre outros produtos considerados “queridinhos” da Black Friday, que acontece no próximo dia 24 de novembro.

Ulysses Reis, professor de varejo da Strong Business School, afirma que, além do transporte rodoviário, o entrega de produtos em períodos de seca muitas vezes é feito com auxílio de um prático — profissional que auxilia navios a passarem por águas restritas.

“O problema é que o preço do serviço aumentou assustadoramente. Hoje as viagens chegam a custar R$ 800 mil com o uso dessa mão de obra. Esse valor é chamado ‘taxa da seca’, neste caso. Além disso, o tempo de transporte se multiplicou por 5, ou seja, de 5 dias passou para 25”, diz.

Ulysses destaca que a maior parte dos produtos que devem ser vendidos na Black Friday já foram comprados pelos varejistas, e que parte significativa deles já está em posse das transportadoras ou em depósitos.

Ele garante que não deve haver desabastecimento total de produtos. “Isso vai afetar talvez 30% ou 20% da quantidade que vem da Zona Franca. O problema é que vai haver no Natal, porque a segunda leva de produtos vai ficar realmente comprometida”, afirma.

Os produtos chamados “linha branca”, que incluem, principalmente, geladeiras, fogões e máquinas de lavar roupas, devem ser os que terão menor oferta de descontos.

“Os custos altos de logística e transporte, por mais que os produtos já tenham sido comprados, vão ser agregados de alguma forma. Ou seja, não podemos esperar, pelo menos do material que vem da Zona Franca de Manaus, grandes descontos. Deve haver descontos, mas não devem ser os melhores que já aconteceram até hoje”, conclui.

Claudio Felisoni, presidente do Ibevar e professor da FIA Business School, concorda que a seca deve afetar o fluxo para o varejo, mas também não enxerga a possibilidade de desabastecimento.

O especialista explica que o varejo, de forma geral, vem mantendo negociações com os fabricantes para garantir a disponibilidade dos produtos mais procurados, mas conscientes que a disponibilidade não será plenamente atendida.

“Obviamente essas relações são mais tensas porque se coloca a questão de precedência, isto é, relações mais próximas ou mais distantes com os fornecedores. Entretanto, não há uma expectativa exacerbada de vendas nessa próxima Black Friday”, analisa.

Black Friday mudou hábito dos brasileiros

O professor Ulysses Reis explica que a Black Friday tem crescido ano após ano desde sua estreia no Brasil, em 2011, e isso se deve a uma série de fatores.

“O primeiro fator é que o hábito do brasileiro é mudou com relação à Black Friday, que se tornou não apenas uma liquidação, mas uma antecipação de compras dos produtos que são vendidos no Natal”, afirma.

O professor destaca ainda que, em média, a cada 4 produtos comprados no período de Natal, 1 é uma espécie de “presente” que o consumidor compra para ele próprio.

“É um tipo de teoria do ‘eu mereço’, ou seja, ‘passei o ano inteiro trabalhando, então eu mereço’”, conclui.

Link to CNN Video

Link to 60 dos 62 municípios do estado afetados

Link to 112 mil pescadores são impactados

Link to Imagem de satélite mostra retrato da seca no rio Amazonas


Monday, August 22, 2022

Martianization - China drought causes Yangtze river to dry up, sparking shortage of hydropower

 A nationwide alert has been issued with the south-west especially badly hit, and even parts of the mighty Yangtze drying up







The dried-out riverbed of the Jialing river, a major tributary of the Yangtze in Chongqing, China. Photograph: EPA


A record-breaking drought has caused some rivers in China – including parts of the Yangtze – to dry up, affecting hydropower, halting shipping, and forcing major companies to suspend operations.

A nationwide drought alert was issued on Friday as a long-running and severe heatwave in China’s heavily populated south-west was forecast to continue well into September.

The loss of water flow to China’s extensive hydropower system has sparked a “grave situation” in Sichuan, which gets more than 80% of its energy from hydropower.

On Sunday the provincial government declared it was at the highest warning level of “particularly severe”, with water flow to Sichuan’s hydropower reservoirs dropping by half. The demand for electricity, meanwhile, has increased by 25% this summer, local media reported.

Last week the province suspended or limited power supply to thousands of factories and rationed public electricity usage due to the shortage. Toyota, Foxconn and Tesla are among companies reported to have temporarily suspended operations at some plants over the last fortnight. On Sunday the South China Morning Post reported plans to restart production this week had been postponed.

The Yangtze is the world’s third largest river, providing drinking water to more than 400 million Chinese people, and is the most vital waterway to China’s economy. It is also crucial to the global supply chain, but this summer it has reached record-low water levels, with entire sections and dozens of tributaries drying up. Water flow on the Yangtze’s main trunk is more than 50% below the average of the last five years. Shipping routes in the middle and lower sections of the river have also closed, the SCMP reported.

Across the affected regions of China authorities are rushing to ensure water and power supply, as the region approaches harvest season for water-intensive crops like rice and soy. On Sunday authorities discharged 980m cubic meters of water from reservoirs in an effort to replenish lower levels of the river, state media said.

The drought has affected at least 2.46 million people and 2.2m hectares of agricultural land in Sichuan, Hebei, Hunan, Jiangxi, Anhui and Chongqing. More than 780,000 people have needed direct government support because of the drought, according to China’s ministry of emergency management. Drinking water has been trucked in to areas where residential supplies have completely dried up. High temperatures in July alone caused direct economic losses of 2.73bn yuan ($400m), affecting 5.5 million people, the emergency ministry said last week.

In the city of Chongqing the water level dropped to reveal previously submerged Buddhist statues thought to be about 600 years old.

Around the world major rivers are drying up as record-breaking heatwaves take a devastating toll, including the Rhine and the Loire in Europe, and the Colorado river in the US.

Bernice Lee, chair of the advisory board at the Chatham House sustainability accelerator in London, said societies including China have remained “unprepared and underprepared” for high-impact, low-probability events like extreme droughts and heatwave.

“Looking to the future, as the frequency of extreme weather events looks set to grow, the future could be even more bleak.”

Chinese authorities have repeatedly attributed the drought and heatwave to climate change. Chen Lijuan, chief forecaster of the country’s national climate centre, last week described the combined heatwave and drought as a “pressure cooker”.

“We have to face the fact that similar heatwaves will occur frequently in the future … it will become a new normal,” Chen said.

However the immediate impact on electricity supplies has put pressure on Beijing’s climate change commitments. Last week vice-premier Han Zheng said the government would step up support for coal-fired power production.

Warnings are in place for continued high temperatures and low rain. A red heat warning – the highest level of alert – was issued for the 10th consecutive day on Sunday for large swathes of the country.

Additional reporting by Vincent Ni, Xiaoqian Zhu, and agencies


Sunday, August 14, 2022

Martianization - Europe’s rivers run dry as scientists warn drought could be worst in 500 years. The Guardian



Crops, power plants, barge traffic, industry and fish populations devastated by parched waterways


In places, the Loire can now be crossed on foot; France’s longest river has never flowed so slowly. The Rhine is fast becoming impassable to barge traffic. In Italy, the Po is 2 metres lower than normal, crippling crops. Serbia is dredging the Danube.

Across Europe, drought is reducing once-mighty rivers to trickles, with potentially dramatic consequences for industry, freight, energy and food production – just as supply shortages and price rises due to Russia’s invasion of Ukraine bite.

Driven by climate breakdown, an unusually dry winter and spring followed by record-breaking summer temperatures and repeated heatwaves have left Europe’s essential waterways under-replenished and, increasingly, overheated.

With no significant rainfall recorded for almost two months across western, central and southern Europe and none forecast in the near future, meteorologists say the drought could become the continent’s worst in more than 500 years.

“We haven’t analysed fully this year’s event because it is still ongoing,” said Andrea Toreti of the European Commission’s Joint Research Centre. “There were no other events in the past 500 [years] similar to the drought of 2018. But this year, I think, is worse.”

Germany’s Federal Institute of Hydrology (BfG) said the level of the Rhine, whose waters are used for freight transport, irrigation, manufacturing, power generation and drinking, will continue dropping until at least the beginning of next week.

On Friday the water at the critical Kaub marker 50km downstream from Mainz – which measures navigability, rather than the water depth – fell below 40cm, the level at which many shipping firms consider it is no longer economical for barges to operate. It could fall to nearer 30cm over the next few days, the BfG has said.

Many barges, which carry coal for power plants and vital raw materials for industrial giants such as steelmaker Thyssen and chemical giant BASF, are already operating at about 25% capacity to reduce their draft, raising shipping costs up to fivefold.

A vital part of northwest Europe’s economy for centuries, the 760 miles (1,233km) of the Rhine flow from Switzerland through Germany’s industrial heartland before reaching the North Sea at the megaport of Rotterdam.

A total halt in Rhine barge traffic would hit Germany’s – and Europe’s – economy hard: experts have calculated that a six-month suspension in 2018 cost around €5bn (£4.2bn), with low water levels forecast to cost Germany 0.2 points of economic growth this year.

While the EU has said boosting waterborne freight by 25% is one of the bloc’s green transition priorities, Germany is now working to divert it to rail and road – although between 40 and 100 trucks are needed to replace a standard barge load.

France’s rivers might not be such key freight arteries, but they do serve to cool the nuclear plants that produce 70% of the country’s electricity. As prices hit all-time highs, power giant EDF has been forced to reduce output because of the drought.

Strict rules regulate how far nuclear plants can raise river temperatures when they discharge cooling water – and if record low water levels and high air temperatures mean the river is already overheated, they have no option but to cut output. With Europe’s looming energy crisis mounting and the Garonne, Rhône and Loire rivers already too warm to allow cooling water to be discharged, the French nuclear regulator last week allowed five plants to temporarily break the rules.

In Italy, the flow of the parched Po, Italy’s longest river, has fallen to one-tenth of its usual rate, and water levels are 2 metres below normal. With no sustained rainfall in the region since November, corn and risotto rice production have been hard hit.

The Po valley accounts for between 30% and 40% of Italy’s agricultural production, but rice growers in particular have warned that up to 60% of their crop may be lost as paddy fields dry out and are spoiled by seawater sucked in by the low river level.

In the protected wetlands of the river’s delta, near Venice, its high temperature and sluggish flow have reduced the water’s oxygen content to the extent that an estimated 30% of clams growing in the lagoon have already been killed off.

Low river levels and high water temperatures can prove fatal to many species. In Bavaria, the Danube reached 25C last week and could hit 26.5C by mid-month, meaning its oxygen content would fall below six parts per million – fatal for trout.

Freight on the 2,850km of the Danube has also been heavily disrupted, prompting authorities in Serbia, Romania and Bulgaria to start dredging deeper channels while barges carrying mainly fuel for the power generators wait to advance.

Even Norway, which relies on hydropower for about 90% of its electricity generation, has said the unusually low levels of its reservoirs may ultimately oblige it to limit power exports.

Summer 2025 was hottest on record in UK, says Met Office. Unprecedented average temperature made about 70 times more likely by human-induced climate change, says agency

The water levels at Broomhead reservoir in South Yorkshire have been low this summer. Photograph: Richard McCarthy/PA by   Damien Gayle The...