Quase cerca de 100.000 hectares arderam em menos de duas semanas na Grécia, um recorde desde os mortíferos incêndios de 2007 que devastarem diversas regiões do país, segundo dados esta quarta-feira atualizados do Sistema Europeu de Informação sobre Fogos Florestais (EFFIS).
O primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis referiu-se a “uma catástrofe natural de uma excecional amplitude”, após os 586 incêndios que assolaram em alguns dias diversas regiões “nos quatro cantos da Grécia”.
Em 14 dias de incêndios florestais, mais de 93.600 hectares foram reduzidos a cinzas neste país mediterrânico atingido no início de agosto por uma excecional onda de calor, segundo os cálculos efetuados pela agência noticiosa AFP a partir dos dados do EFFIS entre 29 de julho e 11 de agosto.
Em média, no mesmo período entre 2008 e 2020, arderam cerca de 2.300 hectares.
“Os fogos que ocorrem neste momento são muito destruidores e têm um nível de intensidade pouco habitual“, explicou à AFP Mark Parrington, um investigador de Copernicus, o serviço europeu sobre alterações climáticas, que o EFFIS integra.
O número simbólico dos 100.000 hectares queimados na Grécia deverá ser atingido na quinta ou sexta-feira, e quando diversos incêndios continuavam esta quarta-feira a assolar a região do Peloponeso e na ilha de Eubeia, no oeste e leste do país,
Com mais de metade de zonas queimadas, a ilha de Eubeia, a segunda maior da Grécia, foi a mais atingida pelos incêndios.
As suas densas florestas de pinheiros, que continuavam esta quarta-feira a arder, foram em grande parte reduzidas a cinzas na parte norte da ilha.
“De certa maneira, estes fogos eram previsíveis devido a uma estação muito seca“, declarou à agência noticiosa AFP Charalampos Kontoes, diretor de pesquisa no Observatório nacional de Atenas.
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