Saturday, July 7, 2012

Pedalada em Família





DIVERSÃO

Marcos, Andréa e Igor (no trenó), em Aldeia da Serra, São Paulo. “É um momento de cumplicidade”, diz ele Igor já rodou pelo menos 4.000 quilômetros de bicicleta em seus 5 anos de vida. Ele, a mãe e o pai encaram estradas de terra, ciclovias, parques públicos e até montanhas fora do país. “É uma forma saudável de dividirmos nosso tempo livre”, diz o ciclista Marcos Jorqueira, de 38 anos. Ele e a mulher, Andréa, fazem parte de um grupo cada vez mais numeroso de adultos que pedalam em família, segundo um estudo inédito divulgado pelo Departamento Nacional de Trânsito com informações sobre 65 parques públicos do país. 
 
A entrada de pais e mães no circuito das bikes se deve à expansão das ciclovias (o crescimento foi de 70% – 430 quilômetros novos para bicicletas) e à proliferação dos passeios para ciclistas amadores (no ano passado foram 97 encontros), mostra o estudo. Mas há ainda outro motivo: a preocupação com o meio ambiente. Em nome da sustentabilidade, muita gente aderiu à bicicleta para passear e até trabalhar. No ano passado foram vendidos 6,3 milhões de bicicletas no país, um recorde em toda a história. Neste ano, a indústria deverá fabricar e vender 6,6 milhões de unidades, de acordo com a associação de fabricantes, a Abraciclo. 

Há três tipos básicos de bicicleta. A escolha vai depender do perfil do ciclista (Clique na imagem abaixo e confira no infografico). As mountain bikes são as mais versáteis: encaram terrenos de terra, asfalto e subidas acentuadas. As de passeio são ideais para pedaladas leves em terrenos planos. São confortáveis, têm o guidão alto e o banco largo. O terceiro grupo é o das speeds, para quem tem experiência em ciclismo e pretende guiar em velocidade.
Marcos e Andréa têm duas mountain bikes. Eles levaram as bicicletas para uma viagem de férias na Patagônia, há três anos. A experiência trouxe várias descobertas: algumas companhias aéreas não cobram pelo embarque das bicicletas, há pacotes para quem quer fazer passeios de bike e existem acessórios, como o trenó, que dão mobilidade para quem está com crianças.
O trenó (que aparece na foto de abertura desta reportagem) é importado e ainda pouco usado no Brasil. Custa o preço de uma boa bicicleta nova: R$ 2 mil. Mas há substituições mais baratas. As cadeirinhas, por exemplo, aguentam até 15 quilos e não custam mais de R$ 80. São perfeitas para as bicicletas de passeio, com o guidão alto, como a Caloi 100, a mais vendida da categoria, mas tiram a mobilidade de bicicletas com guidão baixo, como as mountain bikes. 

Além do capacete (nunca saia sem ele) e da garrafinha de água (faça as contas: recomenda-se beber meio litro a cada meia hora de pedalada), estão à venda acessórios bem disputados por essa nova tribo: o bagageiro, para o lanche do piquenique, e o pisca-pisca traseiro, para quem trafega entre carros (leia abaixo os dez acessórios mais procurados). 

Se você está prestes a comprar uma bicicleta, a dica é visitar lojas especializadas antes de fechar negócio. “Bike é como roupa sob medida, tem de experimentar e servir em você”, diz Paulo de Tarso, presidente do Sampa Bikers, clube de ciclistas de São Paulo. Algumas lojas de esporte oferecem de graça os ajustes da bicicleta. Uma câmera de vídeo filma o cliente, as medidas são jogadas em um programa de computador e ele indica a altura ideal do guidão, do pedal e do banco. Daí fica fácil. É só sair pedalando.

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