O representante-chefe da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) na América do Norte, Joel Velasco, afirmou que a recente decisão do Estado americano da Califórnia, que atestou a vantagem do etanol brasileiro na redução das emissões de carbono, é um reconhecimento importante para o setor sucroenergético. Velasco participou como palestrante da conferência “Ethanol: The 2009 Market Dynamics”, da F.O.Lichts, realizada em Nova York nesta quarta-feira (29/04/2009).
De acordo com Velasco, o que tornou possível a conclusão favorável do Conselho de Qualidade do Ar do Estado americano da Califórnia (CARB) sobre o etanol de cana-de-açúcar foi a redução comprovada na emissão de gases do efeito estufa proporcionada pelo biocombustível brasileiro na comparação direta com a gasolina. O comentário de Velasco teve como base a decisão do CARB, anunciada em 23/04/2009, que aprovou regulamentação inédita de um Padrão de Combustível de Baixa Emissão de Carbono, ou LCFS (clique aqui e leia mais). Na Califórnia, rodam cerca de 30 milhões de veículos, aproximadamente o mesmo número de toda a frota brasileira.
Velasco frisou o papel histórico desempenhado pela Califórnia, por liderar o mundo ao estimular o uso de combustíveis de baixa emissão de carbono. “Não podemos esquecer, porém, que qualquer avaliação realista das emissões de carbono causadas pelo cultivo de cana no Brasil precisa também refletir as políticas amplas que vêm sendo implantadas no País, como a eliminação gradativa da queima, ampliação da colheita mecanizada e a expansão da produção de bioeletricidade a partir da queima de bagaço”.
A participação da UNICA no evento aconteceu dentro do escopo do projeto Apex-Brasil/UNICA, iniciado em janeiro deste ano, parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O objetivo do projeto Apex-Brasil/UNICA é promover a imagem do etanol brasileiro de cana-de-açúcar como energia limpa e renovável ao redor do mundo.
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