Sunday, April 26, 2009

Gigante do petróleo britânica quer fim do imposto de importação ao etanol brasileiro


A gigante britânica do petróleo BP enviou carta ao Conselho de Qualidade do Ar do Estado da Califórnia (Carb, da sigla em inglês), que que votaria ontem a regulamentação para reduzir a emissão de dióxido de carbono no estado, pedindo a eliminação do imposto de importação do etanol do Brasil, produzido a partir de cana-de-açúcar.

A carta, assinada pelo diretor da BP, Ralph Moran, que é responsável pelas questões ambientais da companhia, afirma que a BP "apoia a Califórnia a tomar conhecimento da oportunidade que o etanol de cana do Brasil oferece ao programa de redução de emissões". A carta também diz que a BP "acredita que o etanol de cana é o biocombustível com menor nível de carbono que estará disponível nos primeiros anos de vigência do padrão de combustível com pouco carbono".

Datado de 21 de abril, o documento diz que, ao defender a retirada do imposto de importação do etanol brasileiro, a Califórnia daria um forte sinal para os legisladores de Washington que o estado está seriamente comprometido em atingir as metas de redução de gases que provocam o efeito estufa através do padrão de combustível com pouco nível de carbono.

A BP é a única petrolífera do mundo que investe em etanol no Brasil. A empresa detém 50% da Tropical Bioenergia, usina localizada no município de Edéia, no Estado de Goiás, resultante de investimentos de US$ 683 milhões feitos em conjunto com Grupo Maeda e a SantelisaVale, agora parte do Louis Dreyfus Commodities.

A Tropical BioEnergia iniciou suas atividades em setembro de 2008, no final da safra 2008/09. Recentemente, o presidente mundial da BP, Tony Wayward, afirmou que a petrolífera irá investir US$ 6 milhões em etanol de cana-de-açúcar no Brasil nos próximos 10 anos.

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